sexta-feira, 25 de agosto de 2023

20ª Semana do Tempo Comum - Qual o primeiro dos Mandamentos?

 183. Reflexão para o 30º Domingo do Tempo Comum – Mt 22,34-40 (Ano A)

Primeira Leitura (Rt 1,1.3-6.14b-16.22)

Início do Livro de Rute.

1No tempo em que os juízes governavam, houve uma fome no país e um homem de Belém de Judá foi morar nos campos de Moab com sua mulher e seus dois filhos. 3Entretanto, morreu Elimelec, marido de Noemi, e esta ficou sozinha com seus dois filhos. 4Eles casaram-se com mulheres moabitas, uma das quais se chamava Orfa, a outra, Rute. E ali permaneceram uns dez anos. 5Depois morreram também os dois, Maalon e Quelion e a mulher ficou só, sem os dois filhos e sem o marido. 6Então ela se dispôs a voltar do campo de Moab para a sua pátria com as duas noras, porque tinha ouvido dizer que o Senhor havia olhado para o seu povo, e lhe tinha dado alimentos.

14bOrfa beijou sua sogra e partiu. Rute, porém, ficou com Noemi. 15Esta disse-lhe: “Olha, tua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vai com ela”. 16Mas Rute respondeu: “Não insistas comigo para que te deixe e me afaste de ti. Porque para onde fores irei contigo, onde pousares, lá pousarei eu também. Teu povo será o meu povo, e o teu Deus será o meu Deus”. 22Assim Noemi voltou dos campos de Moab, acompanhada de sua nora Rute, a moabita. Regressaram a Belém, quando começava a colheita da cevada.

- Palavra do Senhor - Graças a Deus.

Responsório Sl 145(146),5-6.7.8-9a.9bc-10 (R. 2a)

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

— É feliz todo homem que busca seu auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a esperança. O Senhor fez o céu e a terra, fez mar e o que neles existe.

— Faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

— O Senhor abre os olhos aos cegos o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro.

— Ele ampara a viúva e o órfão mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos!

Evangelho (Mt 22,34-40)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Fazei-me conhecer vossa estrada, vossa verdade me oriente e me conduza! Sl 24(25),4b.5a

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 34os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então eles se reuniram em grupo, 35e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: 36”Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37Jesus respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!’ 38Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39O segundo é semelhante a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. 40Toda a Lei e os profetas dependem desses dois mandamentos”.

Palavra da Salvação — Glória a vós, Senhor.

No Evangelho de hoje, Jesus reduz a dois princípios básicos e acessíveis todo o conjunto da Lei: amar a Deus acima de tudo e ao próximo, como a si mesmo, por amor a Deus. É interessante notar, em primeiro lugar, que a vinda de Cristo a este mundo implicou, entre outras coisas, a abolição de todos os preceitos rituais e processuais do Antigo Testamento; só permaneceu vigente o que era, e sempre será, de direito natural, ou seja: o Decálogo, que exprime em suas duas tábuas "os deveres fundamentais do homem para com Deus e para com o próximo" (CIC, n. 2072). Trata-se de obrigações morais graves que, em seu núcleo essencial, podem resumir-se ao chamado que Jesus dirige hoje a cada um de nós: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração [...] e ao teu próximo como a ti mesmo". 

Reflexão

O primeiro destes preceitos é cumprido quando, por causa de Deus, buscamos com toda sinceridade observar o segundo, isto é: amamos o Senhor de todo o coração quando é por amor a Ele que amamos ao próximo. Disto se vê que esses dois amores, longe de se oporem um ao outro, na verdade se complementam mutuamente, porque "aquele que não ama seu irmão, a quem vê", diz São João, "é incapaz de amar a Deus, a quem não vê" (1Jo 4, 20). É no próximo, portanto, que temos ocasião de amar concretamente a Deus, e é do amor que temos a Ele, antes de tudo, que a caridade para com nossos irmãos recebe todo o seu valor, todo o seu sentido, todo o seu mérito. Que à nossa vida de oração não falte, pois, esse "ingrediente" essencial e indispensável a uma vida de genuína santidade: esforçar-se com todas as forças, confiante no auxílio da graça, por amar a Deus presente em nossos semelhantes.

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