terça-feira, 15 de agosto de 2023

19ª Semana do Tempo Comum - A grandeza dos humildes.

 PE. JOÃO CARLOS - BLOG DA MEDITAÇÃO DA PALAVRA: GENEROSIDADE NA RESPOSTA

Considerai, Senhor, vossa Aliança, e não abandoneis para sempre o vosso povo. Levantai-vos, Senhor, defendei vossa causa e não desprezeis o clamor de quem vos busca (Sl 73,20.19.22s).

Mesmo diante de obstáculos que parecem insuperáveis, o Todo-poderoso se põe ativamente do nosso lado: “O Senhor teu Deus é ele mesmo teu guia, e não te deixará nem te abandonará”. A liturgia nos convida a cultivar no coração a dinâmica da conversão e confiar sempre no Senhor.

Primeira Leitura: Deuteronômio 31,1-8

Leitura do livro do Deuteronômio1Moisés dirigiu-se a todo Israel com as seguintes palavras: 2“Tenho hoje cento e vinte anos e já não posso deslocar-me. Além do mais, o Senhor me disse: ‘Não atravessarás este rio Jordão’. 3É o Senhor teu Deus que irá à tua frente; ele mesmo, à tua vista, destruirá todas essas nações, para que ocupes suas terras. Josué passará adiante de ti, como disse o Senhor. 4E o Senhor fará com esses povos o que fez com Seon e Og, reis dos amorreus, e com suas terras, que ele destruiu. 5Quando, pois, o Senhor os entregar a vós, fareis com eles exatamente o que vos ordenei. 6Sede fortes e valentes; não vos intimideis nem tenhais medo deles, pois o Senhor teu Deus é ele mesmo o teu guia, e não te deixará nem te abandonará”. 7Depois Moisés chamou Josué e, diante de todo Israel, lhe disse: “Sê forte e corajoso, pois és tu que introduzirás este povo na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a seus pais e és tu que lhe darás a posse dela. 8O Senhor, que é o teu guia, marchará à tua frente, estará contigo e não te deixará nem te abandonará. Por isso, não temas nem te acovardes”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Dt 32

A porção do Senhor é o seu povo.

1. O nome do Senhor vou invocar; † vinde todos e dai glória ao nosso Deus! / Ele é a rocha: suas obras são perfeitas. – R.

2. Recorda-te dos dias do passado / e relembra as antigas gerações; / pergunta, e teu pai te contará, / interroga, e teus avós te ensinarão. – R.

3. Quando o Altíssimo os povos dividiu / e pela terra espalhou os filhos de Adão, / as fronteiras das nações ele marcou / de acordo com o número de seus filhos. – R.

4. Mas a parte do Senhor foi o seu povo, / e Jacó foi a porção de sua herança. / O Senhor, somente ele, foi seu guia, / e jamais um outro deus com ele estava. – R.

Evangelho: Mateus 18,1-5.10.12-14

Aleluia, aleluia, aleluia.

Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, / que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”. – Palavra da salvação.

Reflexão
 
No Evangelho que a Igreja hoje proclama, os discípulos perguntam a Cristo quem é o maior no Reino dos Céus. E a resposta é simples e clara: é o pobre e pequenino o maior aos olhos de Deus. Mas como entre as criaturas não há ninguém ao mesmo tempo mais perfeito e humilde do que a Virgem Maria, ela é, com justiça, não só o maior dos fiéis, mas ainda a Rainha do céu e da terra. Por ter-se humilhado e diminuído, submetendo-se com total obediência à vontade divina, ela mereceu ser exaltada (cf. Mt 23, 12) e posta sobre um sólio de maternal poder, donde rege e governa a herança conquistada pelo Sangue de seu Filho. À semelhança de nossa Mãe SS., também nós, quanto mais nos sujeitarmos sem murmúrios ao que é do agrado do Senhor, mais cresceremos aos seus olhos, ou seja, mais santos e conformes à imagem de Cristo seremos. Pois não há outro caminho para cima, isto é, para a glória do Céu, senão o rebaixar-se: por um lado, reconhecendo o pó miserável que somos e que havemos de tornar-nos depois da morte (cf. Gn 3, 19); por outro, meditando com frequência na humildade de Jesus, que, embora seja Deus, se despiu da própria glória e majestade e, por amor a nós, "foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniqüidades" (Is 53, 5). Foi por causa do rebaixamento dEle, com efeito, que temos agora a paz com Deus e acesso à graça (cf. Rm 5, 1s). Por isso, humilhemo-nos também nós, confiantes no auxílio da Virgem Maria, cuja liberalidade há de conceder-nos todos os auxílios necessários para imitarmos com perfeição o seu Filho, "que sofreu tantas contrariedades dos pecadores" (Hb 12, 3).
 
 
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