terça-feira, 27 de outubro de 2020

A gratidão é uma das facetas da humildade.

Lc 10,21-24
Eu te louvo, Pai.


Lemos um extrato do capítulo dez do Evangelho segundo São Lucas. O Senhor enviou a setenta e dois discípulos aos lugares onde Ele mesmo iria. E voltaram exultantes. Ouvindo contar suas proezas «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse, Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra» (Lc 10,21).
A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de descobrir nossa insignificância.“Obrigado” é uma das primeiras palavras que ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21).
Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um «reconhecimento da presença de Deus, Criador e Senhor do universo. É um reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».
Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos.«O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7).
Lógico que, nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo; com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós, e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).
 
 

Pe. Emílio Carlos

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