A mais famosa imagem de São Francisco,
produzida pelo pintor italiano Cimabue (abaixo), mostra, não por acaso, o santo
ao lado de Nossa Senhora.
Maria está no centro da devoção franciscana,
tanto que a Ordem dos Frades Menores tem origem na pequena capelinha Santa Maria
dos Anjos, ou na Porciúncula, que se conservou através dos séculos, o foco da
piedade francisclariana.
Prova da veneração de São Francisco de Assis é
a belíssima “Saudação à Mãe de Deus”:
Salve, ó senhora,
Rainha santa,
Mãe santa de Deus,
ó Maria,
que sois Virgem feita Igreja,
e escolhida pelo santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou com seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça
e todo o bem!
Salve, ó palácio do Senhor!
Salve, ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor,
e salve vós todas, ó santas virtudes, derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em fiéis do Senhor!
Rainha santa,
Mãe santa de Deus,
ó Maria,
que sois Virgem feita Igreja,
e escolhida pelo santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou com seu santíssimo e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude da graça
e todo o bem!
Salve, ó palácio do Senhor!
Salve, ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor,
e salve vós todas, ó santas virtudes, derramadas, pela graça e iluminação do Espírito Santo, nos corações dos fiéis, transformando-os de infiéis em fiéis do Senhor!
O título deste Especial foi emprestado da
Encíclica de João Paulo II, “Redemptoris Mater”, sobre o significado que Maria
tem no mistério de Cristo e sobre a sua presença ativa e exemplar na vida da
Igreja.
O saudoso Ministro Geral, Frei Constantino
Koser, ressalta que São Francisco não é apenas um santo muito devoto, muito
afeiçoado à Mãe de Deus, mas é um dos santos em que a piedade mariana aparece
numa floração original e singular, sem contudo se afastar, por pouco que seja,
das linhas marcadas pela Igreja.
Frei Hugo Baggio observa que quem conhece os
trabalhos do Vaticano II está ao par das tentativas de recuperar a mulher, seu
papel e sua influência, e conseqüentemente dar-lhe um lugar de igualdade dentro
dos parâmetros sociais.
Esforço digno de nota de trazê-la da periferia
para o centro da vida, embasando, assim, todo o movimento em prol da mulher
desenvolvido nas últimas décadas, na tentativa de acabar com a discriminação.
“Interessante observar que também neste particular Francisco de Assis deixou sua
influência e agiu de forma concreta e prática”, atesta o franciscano.
A téologa Lina Boff assinala que a força da
piedade popular levou a Igreja a proclamar o dogma da Imaculada Conceição.
Jesus Espeja diz que, como cristãos, temos
motivos de sobra para celebrar Maria como “rainha e senhora”, mas corremos o
risco de esquecer a história daquela mulher simples que viveu num pequeno
povoado de uma região periférica no mundo daquele tempo.
Maria de Nazaré é alguém de nossa raça. Como os
demais seres humanos, nasceu e viveu num contexto histórico, social, econômico,
político e cultural.
Um texto da Campanha da Fraternidade de 1990
lembra que o livro do Gênesis denunciava Eva como causa do pecado original,
colocando sobre todo o sexo feminino um fardo difícil de carregar, e que Maria é
proclamada bem-aventurada, imaculada, sem pecado.
Do Catecismo Católico, escolhemos o texto que
comenta a Oração da Ave Maria, além de outras orações marianas.
Em comunhão com a Santa Mãe de Deus
–
A ORAÇÃO DA AVE-MARIA
Na oração, o Espírito Santo nos une à Pessoa do Filho Único, em sua humanidade glorificada. Por ela e nela, nossa oração filial entra em comunhão, na Igreja, com a Mãe de Jesus.
A partir do consentimento dado na fé por
ocasião da Anunciação e mantido sem hesitação sob a cruz, a maternidade de Maria
se estende aos irmãos e às irmãs de seu Filho “que ainda são peregrinos e
expostos aos perigos e às misérias”. Jesus, o único Mediador, é o Caminho de
nossa oração; Maria, sua Mãe e nossa Mãe, é pura transparência dele. Maria
“mostra o Caminho” (“Hodoghitria”), é seu “sinal”, conforme a iconografia
tradicional no Oriente e no Ocidente.
A partir dessa cooperação singular de Maria com
a ação do Espírito Santo, as Igrejas desenvolveram a oração à santa Mãe de Deus,
centrando-a na Pessoa de Cristo manifestada em seus mistérios. Nos inúmeros
hinos e antífonas que exprimem essa oração, alternam-se geralmente dois
movimentos: um “exalta” o Senhor pelas “grandes coisas” que fez para sua humilde
serva e, por meio dela, por todos os seres humanos; o outro confia à Mãe de
Jesus as súplicas e louvores dos filhos de Deus, pois ela conhece agora a
humanidade que nela é desposada pelo Filho de Deus.
Esse duplo movimento da oração a Maria
encontrou uma expressão privilegiada na oração da Ave-Maria: “Ave, Maria
(alegra-te, Maria)”.
A saudação do anjo Gabriel abre a oração da
Ave-Maria. É o próprio Deus que, por intermédio de seu anjo, saúda Maria. Nossa
oração ousa retomar a saudação de Maria com o olhar que Deus lançou sobre sua
humilde serva, alegrando-nos com a mesma alegria que Deus encontra nela. “Cheia
de graça, o Senhor é convosco”.
As duas palavras de saudação do anjo se
esclarecem mutuamente. Maria é cheia de graça porque o Senhor está com ela. A
graça com que ela é cumulada é a presença daquele que é a fonte de toda graça.
“Alegra-te, filha de Jerusalém… o Senhor está no meio de ti” (Sf 3,14.17a).
Maria, em quem vem habitar o próprio Senhor, é em pessoa a filha de Sião, a Arca
da Aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor: ela é “a morada de Deus
entre os homens” (Ap 21,3).
“Cheia de graça”, e toda
dedicada àquele que nela vem habitar e que ela vai dar ao mundo.
“Bendita sois vós entre as mulheres, e
bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.
Depois da saudação do anjo, tomamos nossa a palavra de Isabel. “Repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41), Isabel é a primeira na longa série das gerações que declaram Maria bem-aventurada: “Feliz aquela que creu…” (Lc 1,45): Maria é “bendita entre as mulheres” porque acreditou na realização da palavra do Senhor. Abraão, por sua fé, se tornou uma benção para “todas as nações da terra” (Gn 12,3). Por sua fé, Maria se tornou a mãe dos que crêem, porque, graças a ela, todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria benção de Deus: “Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.
Depois da saudação do anjo, tomamos nossa a palavra de Isabel. “Repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41), Isabel é a primeira na longa série das gerações que declaram Maria bem-aventurada: “Feliz aquela que creu…” (Lc 1,45): Maria é “bendita entre as mulheres” porque acreditou na realização da palavra do Senhor. Abraão, por sua fé, se tornou uma benção para “todas as nações da terra” (Gn 12,3). Por sua fé, Maria se tornou a mãe dos que crêem, porque, graças a ela, todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria benção de Deus: “Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.
“Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por
nós…”
Com Isabel também nós nos admiramos: “Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite?” (Lc 1,43). Porque nos dá Jesus, seu filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.
Com Isabel também nós nos admiramos: “Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite?” (Lc 1,43). Porque nos dá Jesus, seu filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma: “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.
“Rogai por nós, pecadores, agora e na
hora de nossa morte”.
Pedindo a Maria que reze por nós, reconhecemo-nos como pobres; pecadores e nos dirigimos à “Mãe de misericórdia”, à Toda Santa. Entregamo-nos a ela “agora”, no hoje de nossas vidas. E nossa confiança aumenta para desde já entregar em suas mãos “a hora de nossa morte”. Que ela esteja então presente, como na morte na Cruz de seu Filho, e que na hora de nossa passagem ela nos acolha como nossa Mãe, para nos conduzir a seu Filho, Jesus, no Paraíso.
peemiliocarlos
Pedindo a Maria que reze por nós, reconhecemo-nos como pobres; pecadores e nos dirigimos à “Mãe de misericórdia”, à Toda Santa. Entregamo-nos a ela “agora”, no hoje de nossas vidas. E nossa confiança aumenta para desde já entregar em suas mãos “a hora de nossa morte”. Que ela esteja então presente, como na morte na Cruz de seu Filho, e que na hora de nossa passagem ela nos acolha como nossa Mãe, para nos conduzir a seu Filho, Jesus, no Paraíso.
peemiliocarlos
Nenhum comentário:
Postar um comentário