quarta-feira, 16 de maio de 2012

DEPRESSÃO: COMO IDENTIFICAR OS SINTOMAS E AJUDAR O DOENTE.



Identificar quando um ente querido sofre de depressão é o primeiro passo no caminho para sua recuperação. A doença se caracteriza por um sentimento de tristeza prolongado, acompanhado da perda da capacidade de aproveitar os acontecimentos da vida além de uma sensação de desengano e cansaço generalizado.

Quem explica é Dr. Jorge Rodríguez Sanches, assessor para o tema da Organização Pan-americana de Saúde (OPS).

“Um quadro inicial que, aparentemente, poderia representar uma manifestação de tristeza como reação normal pode se converter em depressão. As causas da depressão podem ter diferentes origens: muitas vezes são fatores ambientais relacionados com a vida familiar, social e comunitária da pessoa como, por exemplo, a perda de um ente querido. Por outro lado, muitas vezes também a doença aparece por pré-disposições biológicas e até mesmo genéticas”.

Esse fator biológico, contudo, não atesta que uma pessoa é mais suscetível a desenvolver a doença.

“Em alguns históricos nos quais a depressão tem base biológica, como no caso da bipolaridade, essa pessoa que já sofreu episódios depressivos corre o risco de ter recaídas”.

Contudo, fatores externos tais como crise econômica e também o desemprego podem desencadear quadros depressivos.

“Todas as situações cujos resultados são traumáticos ou desagradáveis podem se converter em fatores traumáticos que, em alguns casos, geram um estado de baixa que pode evoluir para uma depressão patológica”.

Não há um fator determinante para o surgimento da depressão. A doença afeta todas as classes sociais. Apesar disso, as estatísticas revelam que as mulheres sofrem mais com a depressão do que os homens. A doença aparece com mais frequência em adultos acima dos 45 anos. Uma das chaves para a cura é sua identificação precoce.

“A primeira recomendação é que muitas vezes ajuda uma pessoa a superar um quadro de tristeza potencialmente depressivo é o apoio externo do ponto de vista social. A própria família e os amigos que estão em torno, ao invés de castigar, condenar essa aparente tristeza precisam estender a mão e dar-lhe novas atividades para que se desvie do foco da tristeza. Entretanto, se os esforços não dão resultados e o quadro se prolonga e isto interfere na vida da pessoa – que já não quer mais levantar da cama, estudar, trabalhar, cuidar dos seus filhos e passa o dia inteiro chorando pela mesma causa – é preciso levá-la a um médico. Primeiramente, a um clínico geral que, se necessário, encaminhará a ajuda especializada”.


por
Rádio Vaticano

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