quinta-feira, 31 de maio de 2012

FIM DO MUNDO EM 2012? CIÊNCIA E FÉ DESMENTEM ALARMISMO E SUPERTIÇÃO - PARTE I

Fim do mundo em 2012: alarmismo e superstição

Ano de 2012, pirâmide maia, alinhamento dos planetas, numerologia, super-vulcões, planetas e asteroides rumando para um choque exterminador com a Terra: cresce a onda de “profecias” e anúncios assustadores, de filmes alarmistas anunciando com aparências científicas que o mundo está na iminência de seu fim.

Segundo “Le Post”, 2.5 milhões de endereços na Web e 200 opúsculos falam do fim do mundo em dezembro de 2012.
Eles se baseiam, para isso, como se tratasse de algo muito sério, num calendário usado pelos maias, povo desaparecido da América Central.
Eles dizem que o calendário está inscrito em uma das pirâmides típicas da civilização maia.
Na verdade não está inscrito em pirâmide alguma, porque os maias gravavam os calendários em estelas de pedra. As estelas conhecidas estão em museus onde foram estudadas por especialistas sérios.
Uma das mais famosas foi recentemente exposta pelo Instituto Nacional de Antropologia e História, em Tabasco, Mexico, exatamente para mostrar com a força da evidência que o famoso calendário nada diz nem tem a ver com o suposto “fim do mundo” em 2012.

Descoberta de Xultún: pá de cal na fraude da “pirâmide maia”

Instituto Nacional de Antropologia e História (Tabasco, Mexico) exibiu estrela maia com o famoso calendário

O mais antigo calendário maia, e, paradoxalmente o mais recentemente descoberto, foi encontrado nas ruínas da desaparecida cidade de Xultún, na Guatemala em 2010.
Os resultados da expedição e a interpretação científica dos descobridores foram apresentados à imprensa neste ano de 2012.
Os arqueólogos William Saturno, da Universidade de Boston, e David Stuart, da Universidade de Texas-Austin, lideraram a expedição arqueológica.
Eles explicaram que o calendário joga por terra as teorias apocalípticas segundo as quais aquele povo centro-americano vaticinava o fim do mundo para este ano.
O calendário é do século IX e documenta 17 ciclos lunares e planetários.
Segundo Stuart, houve “manipulação” do calendário maia e quando em 21 de dezembro de 2012 acabe o 13º ciclo, o calendário recomeça e assim continua durante milhões de anos.

Detalhe do calendário Xultún
“É como o contador de quilómetros do carro: quando atinge o máximo o carro não acaba e o contador recomeça de zero”, explicaram os descobridores.
Eles, aliás, contaram que, após as pregações catastrofistas do ano 2000 “nós sabíamos que o próximo anúncio do fim do mundo seria 2012”.

A NASA
O astrônomo Jon U. Bell, 56, diretor do Planetário Hallstrom, do River State College, em Fort Pierce (EUA) e ex-diretor do Planetário Hayden da cidade de New York, reduziu à insignificância a “profecia” do fim do mundo para dezembro de 2012.
Segundo ele, nessa onda de rumores não há conteúdo científico algum. Pelo contrário, na origem dessas “profecias” só há romances, e de má lei.
A NASA (North National Aeronautics and Space Administration – Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço) montou uma página para desfazer essas enganações.
E as desfaz falando curto e direto, com a segurança do cientista – trata-se, aliás, de um grupo de cientistas – que entende das coisas.
“Nada de ruim vai acontecer com a Terra em 2012. Nosso planeta tem-se saído muito bem por mais de 4 bilhões de anos e os cientistas confiáveis de todo o mundo não sabem de nenhuma ameaça associada a 2012”, sublinhou ele.

"Nada de ruim vai acontecer em 2012"

O Dr. Bell cita uma das fontes daquilo que a NASA qualifica de “choradeira”: a novela ‘O horizonte invisível: mente, alucinógenos e I Ching’, de Terrence McKenna (“The Invisible Landscape: Mind, Hallucinogenics and The I Ching”). Já o título ostenta a extravagância salpicada de esoterismo da Nova Era.
No romance, o autor especula com o dia 21/12/2012, porque nele o sol vai estar na área de Sagitário. Porém, acrescenta o Dr. Bell, nesse período do ano o sol está sempre em Sagitário. Todo o resto é ignorância e sensacionalismo.
O povo maia deu muita importância à astronomia. Nisto ele faz lembrar os caldeus no Oriente Médio, de onde saíram os Três Reis Magos após reconhecerem a estrela de Belém.
A similitude do interesse astronômico dos maias e dos caldeus, dois povos que viveram em regiões tão longínquas e em tempos tão diferentes, sugere mais uma vez a origem comum da humanidade.
A posterior dispersão dos povos com a Torre de Babel fez com que cada um levasse consigo algo do patrimônio científico comum que, com razão, podemos supor herdado de Adão.
Já tivemos ocasião de falar dessas heranças culturais e científicas que apontam uma origem comum de todos os povos. Origem de que nos fala a Bíblia e a teologia católica com tanta precisão.
Os maias construíram em pedra pirâmides de perfeição admirável comparáveis às do Egito. Até em alguns pontos as superam.
O diretor do Planetário Hallstrom explicou que os maias tinham três calendários que se encerravam periodicamente. Obviamente, eles próprios não achavam que o mundo acabaria no fim dos calendários, pelo contrário recomeçavam.

Os cientistas da NASA são bem claros: assim como o mundo não deixa de existir cada vez que em 31 de dezembro o calendário que você tem na cozinha acaba, mas recomeça novamente em 1º de janeiro, o mesmo acontece com o calendário maia.
Num outro romance (“Cosmogenese Maia” – “Mayan Cosmogenesis”), John Jenkins volta a explorar a fantasia do fim do mundo para 2012.
Os maias – esclarece ainda o astrônomo Jon Bell – não acreditavam nisso. Pelo contrário, caso se fixasse uma data para o término do universo segundo os critérios deles, essa data deveria ser posta muitos séculos no futuro.
continua

Fonte: Ciência confirma Igreja

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