A solenidade de Pentecostes lembra a todos os fiéis que é preciso viver o seu
Pentecostes, pois as palavras de Cristo foram claras: “Aquele que crê em mim,
conforme diz a Escritura, rios de água viva jorrarão do seu interior” São João
explicou: ”Jesus falava do Espírito que deviam receber os que tivessem fé nele”
(Jo 7, 37-39). Donde a recomendação do Apóstolo Paulo: “Deixai-vos conduzir pelo
Espírito” (Gl 5,16). É que filhos de Deus, discípulos de Cristo, recebemos
continuamente o Espírito Santo. Este é então uma realidade pessoal, concreta e
ativa. Ele torna possível a fé, a esperança e o amor a Deus e ao próximo,
vivificando a existência do seguidor de Jesus e fazendo-o participante da missão
do Filho de Deus.
A efusão do Espírito Santo recebida pelos apóstolos e outros
discípulos no dia de Pentecostes não tardou a se espalhar entres os judeus
testemunhas do acontecimento em Jerusalém, depois sobre os pagãos que desejavam
crer na obra salvadora de Jesus, recebendo os dons da Terceira Pessoa da
Santíssima Trindade. Eis porque São Paulo alertou aos Romanos: “Não recebeste um
Espírito de escravo, mas de filhos”! (Rm 8,15).
Aos Coríntios ele explica que o
Espírito Santo oferece uma variedade de dons àqueles que crêem: “A cada um a
manifestação do Espírito é dada em vista ao bem comum. Entretanto um e o mesmo
Espírito distribui todos estes dons, repartindo a cada um como lhe apraz. (1 Cor
12,11) . Aos Efésios ele escreveu: “Não constristeis o Espírito de Deus que vos
marcou com seu selo para o dia da redenção. Mostrai-vos bons e compassíveis uns
para com os outros” (Ef 4,30).
Aos Filipenses ele confidenciou: “Graças às
vossas orações e ao socorro do Espírito de Jesus Cristo sei que isto me
resultará em salvação” (Fl 1,19). O Espírito Santo, porém, continua sua obra em
todas as Igrejas, suscitando fiéis repletos de fé, cumulando-os com as benesses
celestiais por toda parte. Os mártires, os grandes santos, os missionários
denodados, os fiéis que se engajam nas diversas pastorais, todos recebem a força
do Espírito. Portanto, o Pentecostes que se celebra hoje é a eterna efusão do
Espírito Santo sobre todos os cristãos.
É o Petencostes permanente da Igreja e
todos que têem fé são disto testemunhas. É o mesmo Espírito, o mesmo poder
divino, o mesmo Paráclito que opera maravilhas através da História da Igreja.
Não se pode, assim duvidar da atividade da Terceira Pessoa da Santíssima
Trindade para que todos participem da missão sublime da obra redentora de
Cristo.
Não se deve jamais temer a ausência do Espírito Santo para procurar
excussas no que tange a própria santificação e a um apostolado vibrante em
todos os setores. Trata-se de cooperar efetivamente na obra divina. Para isto
cumpre o esforço contínuo pela própria santificação, sinceramente invocando os
sete dons e cultivando os frutos do Espírito Santo, atentos às suas inpirações
de cada momento. Deste modo, Ele sustenta a vida da todo aquele que foi
batizado, lhe dá perseverança, o desejo de possuir a Deus, a atenção para com o
próximo, a fidelidade no amor às coisas do céu, enfim tudo que é necessário para
que se seja realmente fiel ao Ser Supremo, percebendo a beleza e a harmonia de
se estar possuído pela Trindade que habita lá no íntimo de quem se acha em
estado de graça.
É desta maneira que todo e qualquer descorajamento fica banido
e ninguém se sente então abandonado por Deus, julgando que hoje o Espírito Santo
não age como no início da Igreja, com o mesmo vigor, com todo o esplendor de sua
luminosidade extraordinária. Deste modo ninguém hesitará de olhar a obra de
Deus e realizá-la com ardor em si mesmo e nos outros, rendendo graças ao Senhor
pela atividade contínua de sua poderosa graça. Então os assaltos do mal são
combatidos com denodo e persistência sem omissões, vencidas, como alertou São
Paulo a tendência da carne que se opões às tendências do Espírito Santo: “A
aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do Espírito é a vida e a paz.
(Rm 8,6) . Trata-se da eterna luta entre o bem e o mal a exigir que o cristão
esteja de atalaia, atento, renovando-se a cada hora e tornando o mundo sempre
melhor. Enfim, Pentecostes, desde o que ocorreu em Jerusalém, significa que o
Espírito Santo nunca deixa de investir no coração dos discípulos de Jesus
dando-lhes força nesta pugna constante contra o espírito do mundo. Confortada,
entretanto, a esperança pela presença da graça celeste o cristão, feliz,
corajoso, sabe agir sob a conduta do Espírito Santo, sendo neste mundo, como o
desejou Jesus, luz e instrumento de salvação para todos.
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sexta-feira, 18 de maio de 2012
A ATIVIDADE DO ESPÍRITO SANTO
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