quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Tempo do Natal antes da Epifania - Eis o Cordeiro de Deus!

Segundo Domingo do Tempo Comum – Jesus respondeu: “Vinde ver” – São João 1,  35 a 42 – Dia 14 de janeiro de 2018 | Ide e Anunciai

O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu (Is 9,2).

O cristão “não pode pecar porque nasceu de Deus”. Somos convidados a entender que não pecar não é realidade adquirida, mas conquista pessoal a realizar-se dia a dia, na medida em que somos fiéis no seguimento de Jesus, o Cordeiro de Deus.

Primeira Leitura: 1 João 3,7-10

Leitura da primeira carta de São João7Filhinhos, que ninguém vos desencaminhe. O que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo. 8Aquele que comete o pecado é do diabo, porque o diabo é pecador desde o princípio. Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do diabo. 9Todo aquele que nasceu de Deus não comete pecado, porque a semente de Deus fica nele; ele não pode pecar, pois nasceu de Deus. 10Nisto se revela quem é filho de Deus e quem é filho do diabo: todo o que não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama o seu irmão. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 97(98)

Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus.

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios! / Sua mão e o seu braço forte e santo / alcançaram-lhe a vitória. – R.

2. Aplauda o mar com todo ser que nele vive, / o mundo inteiro e toda gente! / As montanhas e os rios batam palmas / e exultem de alegria. – R.

3. Na presença do Senhor, pois ele vem, / vem julgar a terra inteira. / Julgará o universo com justiça / e as nações com equidade. – R.

Evangelho: João 1,35-42

Aleluia, aleluia, aleluia.

Depois de ter falado, no passado, / aos nossos pais, pelos profetas, muitas vezes, / em nossos dias Deus falou-nos por seu Filho (Hb 1,1s). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 35João estava de novo com dois de seus discípulos 36e, vendo Jesus passar, disse: “Eis o Cordeiro de Deus!” 37Ouvindo essas palavras, os dois discípulos seguiram Jesus. 38Voltando-se para eles e vendo que o estavam seguindo, Jesus perguntou: “O que estais procurando?” Eles disseram: “Rabi (que quer dizer mestre), onde moras?” 39Jesus respondeu: “Vinde ver”. Foram, pois, ver onde ele morava e, nesse dia, permaneceram com ele. Era por volta das quatro da tarde. 40André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram Jesus. 41Ele foi logo encontrar seu irmão Simão e lhe disse: “Encontramos o Messias” (que quer dizer Cristo). 42Então André conduziu Simão a Jesus. Jesus olhou bem para ele e disse: “Tu és Simão, filho de João; tu serás chamado Cefas” (que quer dizer pedra). – Palavra da salvação.

Reflexão

Ao apontar hoje para Cristo como o Cordeiro de Deus, S. João Batista nos apresenta Jesus como aquele que, desde o início dos séculos, era esperado como sacerdote de reconciliação entre Deus e os homens, de um lado, e vítima de expiação pelos pecados do mundo, de outro. Isso significa, entre outras coisas, que Nosso Senhor quis vir a este mundo para, feito um de nós, entregar livremente a própria a vida a nosso favor; Ele, noutras palavras, nasceu para morrer, viveu como Cordeiro à espera de ser imolado. Nisto consistiu a sua missão, e a isto se resume a nossa vocação mais íntima. Incorporados a Ele pelo batismo e feitos participantes dos mistérios de sua vida, também nós nascemos para morrer, para entregar nossa vida, para, associados ao amor redentor do Cordeiro de Deus, dar tudo o que temos e somos. Pois nisso, com efeito, consiste o que chamamos amor, em dar tudo e dar-se a si mesmo. É o único meio, neste mundo em que impera a dor e o egoísmo, de dar verdadeiro sentido ao sofrimento, que a todos atinge, ricos ou pobres. É, pois, em união com o amor salvífico de Cristo que faremos da nossa dor amor, da nossa vida sacrifício, da nossa tristeza alegria, da nossa tribulação conversão. Acolhamo-nos hoje sob os braços daquele que nos diz: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei” (Mt 11, 28), confiantes na eficácia de sua graça e no poder transformante de sua caridade.


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