segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

3ª Semana do Tempo Comum - Quando rejeitam a carta por ódio ao carteiro.

 Marcos 3,22-30 - quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será  perdoado - YouTube

Primeira Leitura: Hebreus 9,15.24-28

Leitura da carta aos Hebreus – Irmãos, 15Cristo é mediador de uma nova aliança. Pela sua morte, ele reparou as transgressões cometidas no decorrer da primeira aliança. E, assim, aqueles que são chamados recebem a promessa da herança eterna. 24Jesus não entrou num santuário feito por mão humana, imagem do verdadeiro, mas no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor. 25E não foi para se oferecer a si muitas vezes, como o sumo sacerdote que, cada ano, entra no santuário com sangue alheio. 26Porque, se assim fosse, deveria ter sofrido muitas vezes, desde a fundação do mundo. Mas foi agora, na plenitude dos tempos, que, uma vez por todas, ele se manifestou para destruir o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento. 28Do mesmo modo, também Cristo, oferecido uma vez por todas para tirar os pecados da multidão, aparecerá uma segunda vez, fora do pecado, para salvar aqueles que o esperam. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 97(98)

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios!

1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios! / Sua mão e o seu braço forte e santo / alcançaram-lhe a vitória. – R.

2. O Senhor fez conhecer a salvação, / e às nações, sua justiça; / recordou o seu amor sempre fiel / pela casa de Israel. – R.

3. Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus. / Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, / alegrai-vos e exultai! – R.

4. Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa / e da cítara suave! / Aclamai, com os clarins e as trombetas, / ao Senhor, o nosso rei! – R.

Evangelho: Marcos 3,22-30

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; / fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 22os mestres da Lei, que tinham vindo de Jerusalém, diziam que ele estava possuído por Belzebu e que, pelo príncipe dos demônios, ele expulsava os demônios. 23Então Jesus os chamou e falou-lhes em parábolas: “Como é que satanás pode expulsar a satanás? 24Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá manter-se. 25Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se. 26Assim, se satanás se levanta contra si mesmo e se divide, não poderá sobreviver, mas será destruído. 27Ninguém pode entrar na casa de um homem forte, para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois poderá saquear sua casa. 28Em verdade vos digo, tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como qualquer blasfêmia que tiverem dito. 29Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo nunca será perdoado; será culpado de um pecado eterno”. 30Jesus falou isso porque diziam: “Ele está possuído por um espírito mau”. – Palavra da salvação.

Reflexão
O que faziam outrora com Cristo, acusando-o de expulsar demônios pelo poder de Beelzebu, fazem-no hoje contra a Igreja, acusando-a de toda sorte de mentiras, os inimigos do Evangelho. Jesus, por querer fazer discípulos, livrando-os da vida de pecado, era por seus detratores apodado dos nomes mais indignos e blasfemos: beberrão, impuro, infiel à Lei e às tradições etc. A Igreja, por fazer o que lhe mandou fazer Cristo, isto é, dar continuidade à sua obra redentora, é por seus inimigos acusada dos mais variados crimes: intolerante, moralista, retrógrada etc. Na boca de uns e outros podemos pôr as mesmas palavras com que confessavam os demônios o seu desespero, ao verem Cristo pôr abaixo a sua tirania infernal: “Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?” (Mt 8, 29). Os acusadores de Cristo, vendo como Ele lhes desmascarava a hipocrisia e o legalismo fútil, o acusavam dos vícios que possuíam; os acusadores da Igreja, vendo como ela lhes desmascara a vida perversa, lhe imputam a maldade que eles mesmos praticam, por mais que a encubram com os floreios do politicamente correto. Jesus, Filho encarnado, foi acusado de agir sob o impulso de Satanás; a Igreja, empenhada em desviar o homem do caminho do inferno, é acusada de ser intolerante e preconceituosa. Eis a malícia, eis a inversão diabólica desses que são filhos do pai da mentira. Mas, diante disso, que coisas nos cabe fazer? A primeira é que saibamos suportar com paciência e ânimo de mortificação, oferecendo-as a Cristo em reparação de nossas muitas culpas, as injúrias que forem dirigidas contra nós, pessoalmente. A segunda é que rezemos sempre pelos que nos caluniam e paguemos com o bem o mal com que pagam nosso exemplo e palavra. A terceira e última é que tenhamos a coragem de defender com firmeza e calma, com objetividade e caridade, a Cristo e sua Igreja, a quem muitos chegam a rejeitar em bloco por terem começado a rejeitar em parte os seus membros.


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