É digna de menção esta notícia que saiu inclusive na mídia secular: «Peregrinos que vieram para a JMJ pedem refúgio ao Brasil». A matéria é relativamente longa e vale uma leitura: nestes dias em que parece démodé falar sobre as perseguições que milhares de cristãos sofrem mundo afora por conta da sua Fé,
ver o véu do silêncio hipócrita da mídia ser (ao menos um pouco!)
rasgado revigora a nossa esperança em dias melhores. Frutos da JMJ!
Não se trata de vitimismo. Aprendemos
que, sob a ótica cristã, as nossas cruzes são a nossa glória e, os
nossos sofrimentos, a nossa alegria. Trata-se de uma questão de justiça.
Beati pauperes!, sim, como aprendemos nas páginas sagradas do
Evangelho, mas isso não nos autoriza a fecharmos os nossos olhos às
misérias do mundo, e nem muito menos a fomentá-las com a nossa
indiferença.
À perseguição por causa de Cristo – por odium Fidei – em grau supremo dá-se o nome de martírio, que significa testemunho.
E o testemunho cristão não pode ser calado à força do silêncio lançado
sobre ele pelos meios de comunicação. Isso é injurioso para com os
mártires e ultrajante para com os que sofrem. Que, exatamente por
sofrerem, merecem pelo menos o nosso respeito e a nossa consideração.
Os cristãos sofrem. Na Coréia do Norte, para ficar em um só exemplo, eles fingem contar feijões para rezarem o Rosário. Bem-aventurados, sem dúvidas! Mas seríamos os mais insensatos dos homens se não nos aproveitássemos do testemunho
deles para fortalecer a nossa própria Fé. E de que censuras não serão
dignos os que trabalham para que histórias assim não sejam conhecidas e,
portanto, não dêem o fruto que poderiam dar! Os cristãos sofrem, e
neles é o próprio Cristo que sofre. Pelas dores d’Ele nós fomos salvos.
Pelas deles, perseveramos.
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