Documento da Organização Mundial da Saúde institucionaliza ideologia de gênero e estabelece "negociação moral" na educação
As grandes organizações mundiais não desistem de seu intento sórdido
de educar nossas crianças de acordo com sua agenda liberal e anticristã.
A denúncia vem dos bispos da Espanha e é corroborada pela advogada
María Inés Franck, de um grupo de bioética da Argentina01,
que encontrou em um documento da Organização Mundial da Saúde para a
Europa algumas diretrizes escabrosas sobre educação sexual, aborto e
família. De acordo com a perita, o documento "está infestado de
linguagem ideologizada e de posições subjetivas assumidas como
‘ciência’, ‘sem preconceitos’", embora "esteja cheio de preconceitos".
O texto da OMS, intitulado "Padrões para Educação Sexual na Europa"02, fala de um enfoque "holístico"
da sexualidade, que ajudaria "crianças e adolescente a desenvolver
habilidades, a fim de capacitá-los a autodeterminar sua sexualidade e
seus relacionamentos nos vários estágios de desenvolvimento". Trata-se de um linguajar rebuscado para se reafirmar a conhecida ideologia de gênero,
segundo a qual homens e mulheres nada mais são que "revestimentos
externos" de um gênero que deve ser construído. Com esta teoria
perversa, já advertia o Papa Bento XVI, o homem "nega a sua própria
natureza, decidindo que esta não lhe é dada como um fato
pré-constituído, mas é ele próprio quem a cria".
Ao longo de todo o documento, é consolidada a expressão "direitos
sexuais" e, ao lado desta, é proposto o "estabelecimento da negociação
moral como uma moralidade sexual válida para hoje". Para a Organização
da Saúde, "a essência da moralidade é que temas devem ser negociados num
espírito de consentimento mútuo entre participantes maduros iguais em
status, direitos e poder". Preconiza-se, assim, a legitimação de
qualquer relação sexual, mesmo a mais abjeta, a partir do simples
consentimento dos indivíduos.
As aberrações propostas pela OMS vão longe: desde a definição
de sexualidade como compreendendo "sexo, identidades e papéis de
gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reprodução",
passando pelo reconhecimento da masturbação como algo "normal" e até
necessário para o aprendizado, até à própria minimização da importância
dos pais na educação moral de seus filhos, já que, frequentemente, "a
essas fontes informais – isto é, os pais e outros membros da família –
faltam o necessário conhecimento, particularmente quando informação
técnica e complexa é necessária", como é o caso da contracepção.
Ou seja, a responsabilidade pela formação moral das pessoas, mesmo em
uma matéria tão íntima, é transferida abusivamente da família para o
Estado.
Isto é verdadeiramente terrível, mas – alguém poderia pensar – por
acaso a Igreja é contrária à educação de nossas crianças, mesmo em
matéria sexual? Negativo. O venerável Pio XII já ensinava:
"O pudor sugere ainda aos pais e educadores os termos apropriados para formar, na castidade, a consciência dos jovens. Evidentemente, como lembrávamos há pouco numa alocução, este pudor não se deve confundir com o silêncio perpétuo que vá até excluir, na formação moral, que se fale com sobriedade e prudência dessas matérias. Contudo, com frequência demasiada nos nossos dias, certos professores e educadores julgam-se obrigados a iniciar as crianças inocentes nos segredos da geração duma maneira que lhes ofende o pudor. Ora, nesse assunto tem de se observar a justa moderação que exige o pudor."03
Lendo o livreto "Padrões para Educação Sexual na Europa", fica nítido
que o que a Organização Mundial da Saúde menos quer é educar nossas
crianças para a virtude, observando "a justa moderação que exige o
pudor". Propostas educacionais que primam pela abstinência ou pelo
ensino da castidade, por exemplo, foram taxativamente excluídas do rol
de programas da OMS, sob a alegação de "fundamentalismo".
E assim, chamando ao bem mal e ao mal bem, caminha a humanidade. Deus tenha misericórdia de nossas crianças.
Por: Equipe Christo Nihil Praeponere
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