A nossa
paciência é testada sempre que temos de aguardar, esperar, voltar, tentar uma e
outra vez: desde a interminável espera num consultório dentário até o desgosto
do casal de namorados que precisa adiar de novo a data do casamento, porque não
tem condições de financiar o apartamento.
Com razão
diz Hildebrand que "a impaciência se relaciona sempre com o
tempo."
Mas todo
aquele que quiser conseguir alguma coisa de real valor na vida, não terá outro
remédio senão armar-se de paciência e esperar.
Demora-se,
necessariamente, a ser um profissional experiente; demora-se a amadurecer por
dentro até corrigir pelo menos alguns dos defeitos pessoais; demora-se a
suavizar as arestas no casamento e, aos poucos, ir-se ajustando à base de
mútuos perdões e sorridentes renúncias; demora-se criar um bom ambiente
familiar; demora a vida inteira a autêntica formação dos filhos.
"Aprendi a esperar - dizia São José Maria Escrivá -; não
é pouca paciência." Mas é importante termos muito presente que esse "esperar" não
significa "aguardar" passivamente. Consiste, como estamos
vendo, em persistir fiel e cotidianamente no cumprimento da nossa missão, do
nosso dever - do dever religioso, moral, familiar, profissional... -, durante
todo o tempo que for preciso, com aquela convicção que animava S. Teresa
D'Ávila: "A paciência tudo alcança."
A essa
paciente espera se refere o Apóstolo São Tiago, quando nos põe diante dos olhos
a imagem do lavrador: Tende, pois, paciência, meus irmãos. [...] Vede
o lavrador: ele aguarda o fruto da terra e tem paciência até receber a chuva do
outono e a da primavera. Tende também vós paciência e fortalecei os vossos
corações [cf. Tg 5, 7-8].
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