quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Liturgia Diária - Pela graça, podemos o impossível.

 Evangelho de hoje (Mateus 7,21-29) - Egídio Serpa | Egídio Serpa - Diário  do Nordeste

Primeira Leitura: Isaías 26,1-6

Leitura do livro do profeta Isaías1Naquele dia, cantarão este canto em Judá: “Uma cidade fortificada é a nossa segurança; o Senhor cercou-a de muros e antemuro. 2Abri as suas portas, para que entre um povo justo, cumpridor da palavra, 3firme em seu propósito; e tu lhe conservarás a paz, porque confia em ti. 4Esperai no Senhor por todos os tempos, o Senhor é a rocha eterna. 5Ele derrubou os que habitam no alto, há de humilhar a cidade orgulhosa, deitando-a por terra até fazê-la beijar o chão. 6Hão de pisá-la os pés, os pés dos pobres, as passadas dos humildes”. 

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 117(118)

Bendito é aquele que vem vindo em nome do Senhor!

1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / “Eterna é a sua misericórdia!” / É melhor buscar refúgio no Senhor / do que pôr no ser humano a esperança; / é melhor buscar refúgio no Senhor / do que contar com os poderosos deste mundo! – R.

2. Abri-me vós, abri-me as portas da justiça; / quero entrar para dar graças ao Senhor! / “Sim, esta é a porta do Senhor, / por ela só os justos entrarão!” / Dou-vos graças, ó Senhor, porque me ouvistes / e vos tornastes para mim o salvador! – R.

3. “Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, / ó Senhor, dai-nos também prosperidade!” / Bendito seja, em nome do Senhor, / aquele que em seus átrios vai entrando! / Desta casa do Senhor vos bendizemos. / Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine! – R.

Evangelho: Mateus 7,21.24-27

Aleluia, aleluia, aleluia.

Buscai o Senhor, vosso Deus, / invocai-o, enquanto está perto! (Is 55,6) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 

Palavra da salvação.

Reflexão

No Evangelho de hoje, dando remate ao sermão da montanha, Jesus nos diz que a nossa casa deve estar fundada sobre rocha firme, e não sobre a instabilidade da areia, para que possamos permanecer de pé quando vierem as borrascas da vida. Trata-se de uma palavra dura e desconcertante como todo o sermão da montanha, porque parece anunciar, mais do que uma boa nova, uma “má notícia”: as dificuldades virão, e para fazermos frente a elas devemos cumprir não só aquele mínimo contido nos Dez Mandamentos, mas ainda aquele “a mais” exigido pela moral do Evangelho. Agora, sob a nova Lei do amor, Deus espera de nós paciência e resignação, fortaleza e perseverança, pobreza de espírito e ânimo alegre nos momentos de injustiça e perseguição; espera, numa palavra, que tenhamos um coração semelhante ao do Cristo. Mas como não se sentir esmagado sob esse “fardo” aparentemente insuportável, superior às forças de qualquer ser humano? Como ouvir as palavras de Cristo e as pôr realmente em prática? Não há outro meio de o fazer senão pedindo o auxílio divino da graça, sem a qual nada podemos fazer, e implorando ao Senhor que venha também à nossa alma, como veio à de muitos santos da história da Igreja, para transformá-la por dentro, cimentá-la sobre a firmeza das virtudes, purificá-la da areia inútil dos vícios, fortalecê-la pela esperança e a paciência contra as preocupações e adversidades da vida. Neste tempo de Advento, tão propício para nos retificarmos e tomarmos a peito, com sério empenho, nossa vocação cristã, peçamos a Jesus que se digne vir aos nossos corações, a fim de os configurar à semelhança do seu, no qual se cumpriram da forma mais perfeita possível as bem-aventuranças do sermão da montanha.

 

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