Leitura da profecia de Ageu.
1 15aos vinte e quatro dias do sexto mês.
21No segundo ano do reinado de Dario, no vigésimo primeiro
dia do sétimo mês, a palavra do Senhor fez-se ouvir por intermédio do
profeta Ageu nestes termos:
2"Fala ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Salatiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Josedec, e ao resto do povo.
3Haverá alguém entre vós que tenha visto esta casa em seu
primeiro esplendor? E em que estado a vedes agora! Tal como está, não
parece ela insignificante aos vossos olhos?
4Todavia, ó Zorobabel, tem ânimo, diz o Senhor. Coragem,
Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote! Coragem todos vós, habitantes
da terra, diz o Senhor. Mãos à obra! Eu estou convosco - oráculo do
Senhor dos exércitos.
5Segundo o pacto que fiz convosco quando saístes do Egito, meu espírito habitará convosco. Não temais.
6Porque isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um pouco de tempo, e abalarei céu e terra, mares e continentes;
7sacudirei todas as nações, afluirão riquezas de todos os povos e encherei de minha glória esta casa, diz o Senhor dos exércitos.
8A prata e o ouro me pertencem - oráculo do Senhor dos exércitos.
9O esplendor desta casa sobrepujará o da primeira - oráculo do Senhor dos exércitos".
Palavra do Senhor.
Espera em Deus! Louvarei novamente
o meu Deus salvador!
Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me
contra a gente impiedosa;
do homem perverso e mentiroso
libertai-me, ó Senhor!
Sois vós o meu Deus e meu refúgio:
por que me afastais?
Pó que ando tão triste e abatido
pela opressão do inimigo?
Enviai vossa luz, vossa verdade:
elas serão o meu guia;
que me levem ao vosso monte santo,
até a vossa morada!
Então irei aos altares do Senhor,
Deus da minha alegria.
Vosso louvor cantarei ao som da harpa,
meu Senhor e meu Deus!
Aleluia, aleluia, aleluia.
Veio o filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
9 18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: "Quem dizem que eu sou?"
19Responderam-lhe: "Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas".
20Perguntou-lhes, então: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Pedro respondeu: "O Cristo de Deus".
21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.
22Ele acrescentou: "É necessário que o Filho do Homem padeça
muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos
sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que
ressuscite ao terceiro dia".
Palavra da Salvação.
Reflexão
O Evangelho de hoje apresenta-nos a profissão de fé de S. Pedro, relatada de modo mais incisivo pelos Evangelhos sinóticos. O Senhor pergunta aos Apóstolos: “Vós, quem dizeis que eu sou?”, e Simão, tomando a frente daqueles de que era cabeça, proclama sem titubear: “O Cristo de Deus”. Um detalhe de não pouca importância desta narrativa, recolhido apenas pelo evangelista S. Lucas, é o fato de que, antes de ter lugar a profissão de Pedro, “Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com Ele”. Não há dúvidas, portanto, de que o ato de fé sobrenatural que o príncipe dos Apóstolos hoje realiza foi querido, pedido e preparado pela oração de Cristo. Também na Última Ceia, pouco antes de entregar-se à morte, Jesus revela que foi a sua oração, sempre tão grata ao Pai, o que livrou Pedro de cair nas mãos do diabo: “Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos” (Lc 22, 31s).
Ora, Jesus quer também o nosso ato de fé, e não temos por que duvidar de que Ele o pediu insistentemente ao Pai, para que, uma vez convertidos e iniciados na vida de oração, pudéssemos nos abrir à ação divina de sua graça e proclamar: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Se em alguma etapa da nossa vida espiritual já tivemos a segurança de haver sido tocados pela graça — não pela carne nem pelo sangue, mas pelo Pai que está nos céus (cf. Mt 16, 17) —, saibamos que isso foi fruto não tanto do nosso esforço pessoal quanto da oração de Cristo, que deseja ardentemente poder dizer a todos os que, encontrando-o na intimidade da prece, chegam a crer de verdade: “Abençoado és!” Rezemos, pois, e rezemos contínua e confiadamente, pois a oração de Cristo precede a nossa, preparando-a e elevando-a a alturas que, por nós mesmos, jamais poderíamos alcançar.
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