Leitura da profecia de Ezequiel.
Assim fala o Senhor: 18 21 "Se, no entanto, o mau
renuncia a todos os seus erros para praticar as minhas leis e seguir a
justiça e a eqüidade, então ele viverá decerto, e não há de perecer.
22 Não lhe será tomada em conta qualquer das faltas cometidas: ele há de viver por causa da justiça que praticou.
23 Terei eu prazer com a morte do malvado? - oráculo do Senhor Javé. - Não desejo eu, antes, que ele mude de proceder e viva?
24 E, se um justo abandonar a sua justiça, se
praticar o mal e imitar todas as abominações cometidas pelo malvado,
viverá ele? Não será tido em conta qualquer dos atos bons que houver
praticado. É em razão da infidelidade da qual se tornou culpado e dos
pecados que tiver cometido que deverá morrer.
25 Dizeis: não é justo o modo de proceder do
Senhor. Escutai-me então, israelitas: o meu modo de proceder não é
justo? Não será o vosso que é injusto?
26 Quando um justo renunciar à sua justiça para cometer o mal e ele morrer, então é devido ao mal praticado que ele perece.
27 Quando um malvado renuncia ao mal para praticar a justiça e a eqüidade, ele faz reviver a sua alma.
28 Se ele se corrige e renuncia a todas as suas faltas, certamente viverá e não perecerá".
Palavra do Senhor.
Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Das profundezas eu clamo a vós, Senhor,
escutai a minha voz!
Vossos ouvidos estejam bem atentos
ao clamor da minha prece!
Se levardes em conta nossas faltas,
quem haverá de subsistir?
Mas em vós se encontra o perdão,
eu vos temo e em vós espero.
No Senhor ponho a minha esperança,
espero em sua palavra.
A minha alma espera no Senhor
mais que o vigia pela aurora.
Espere Israel pelo Senhor
mais que o vigia pela aurora!
Pois no Senhor se encontra toda graça
e copiosa redenção.
Ele vem libertar a Israel
de toda a sua culpa.
Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Lançai para bem longe toda a vossa iniqüidade! Criai em vós um novo espírito e um novo coração! (Ez 18,31).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 5 20 "Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus.
21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal’.
22 Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra
seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão:
‘Raca’, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser:
Louco, será condenado ao fogo da geena.
23 Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu
adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que
te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto
em prisão.
26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo".
Palavra da Salvação.
Reflexão
Os mestres da lei e os fariseus viviam na rigidez da lei: não matar! Jesus, porém, vai mais além: “todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”. Jesus veio para nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e o que mais Ele pregou foi o bom relacionamento entre as pessoas. A justiça de Deus é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. O amor é o termômetro do nosso julgamento. Seremos julgados pela justiça que praticamos. Muitas vezes nós nos apegamos à Lei e aos mandamentos exclusivamente naquelas faltas que para nós são as mais graves como, matar, roubar, adulterar, ter maus pensamentos, etc.. Porém, na Sua essência, a Palavra de Deus que Jesus veio interpretar para nós, vai muito mais além das coisas que praticamos. Ela alcança o nosso coração e as nossas intenções.
O amor implica em acolhimento, ternura, compaixão e compreensão. Na hora do nosso julgamento, a ira, a raiva, a impaciência com o irmão serão medidas contra nós. Portanto, não podemos chamar os nossos irmãos e irmãs nem mesmo de tolos ou idiotas. A oferta que fazemos ao Senhor será desnecessária, se, primeiro não oferecermos a nossa compreensão e perdão às pessoas com as quais nos relacionamos. Podemos, então, refletir: Como é a nossa justiça? O que é justo para Deus? E a nossa oferta? Fazemos as nossas ofertas no Altar do Senhor, mas como está o nosso coração? - Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém? – Como você trata as pessoas com quem convive? – Você tem costume de falar mal dos seus amigos, suas amigas?
Helena Serpa
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