Conta-se
que um irmão leigo franciscano disse certa vez a São Boaventura (†
1274), o Doutor Seráfico: “Felizes vós, homens doutos, que podeis amar a
Deus muito mais do que nós, os ignorantes!”. Respondeu-lhe Boaventura:
“Não é a doutrina alcançada nos livros que mede o amor; uma pobre velha
ignorante pode amar a Deus mais do que um grande teólogo se estiver
unida a Deus.” O irmão compreendeu a lição e saiu gritando pelas ruas:
“Velhinha ignorante, você pode amar a Deus mais do que o mestre Frei
Boaventura!”.
Como
frutos do dom do entendimento, podemos citar as intuições das verdades
da fé que são concedidas a muitos cristãos durante o seu retiro
espiritual ou durante uma leitura inspirada pelo amor a Deus.
O
dom do entendimento revela também o horror do pecado e a profunda
miséria humana. Por isso, os santos, quanto mais se aproximaram de Deus
mais tiveram consciência do seu pecado ou da sua distância de Deus.
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