1a Leitura - 2 Reis 5,9-14
Leitura do segundo livro dos Reis.
5 9 Naamã veio com seu carro e seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
10 Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: "Vai, lava-te sete vezes no Jordão e tua carne ficará limpa".
11 Naamã se foi, despeitado, dizendo: "Eu pensava que ele viria em pessoa, e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, poria a mão no lugar infetado e me curaria da lepra.
12 Porventura os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar limpo?" E, voltando-se, retirou-se encolerizado.
13 Mas seus servos, aproximando-se dele, disseram-lhe: "Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse ordenado algo difícil, não o deverias fazer? Quanto mais agora que ele te disse: ´Lava-te e serás curado´".
14 Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança.
Palavra do Senhor.
5 9 Naamã veio com seu carro e seus cavalos e parou à porta de Eliseu.
10 Este mandou-lhe dizer por um mensageiro: "Vai, lava-te sete vezes no Jordão e tua carne ficará limpa".
11 Naamã se foi, despeitado, dizendo: "Eu pensava que ele viria em pessoa, e, diante de mim, invocaria o Senhor, seu Deus, poria a mão no lugar infetado e me curaria da lepra.
12 Porventura os rios de Damasco, o Abana e o Farfar, não são melhores que todas as águas de Israel? Não me poderia eu lavar neles e ficar limpo?" E, voltando-se, retirou-se encolerizado.
13 Mas seus servos, aproximando-se dele, disseram-lhe: "Meu pai, mesmo que o profeta te tivesse ordenado algo difícil, não o deverias fazer? Quanto mais agora que ele te disse: ´Lava-te e serás curado´".
14 Naamã desceu ao Jordão e banhou-se ali sete vezes, como lhe ordenara o homem de Deus, e sua carne tornou-se tenra como a de uma criança.
Palavra do Senhor.
Salmo - 31/32Sois, Senhor, para mim, alegria e refúgio.
Feliz o homem que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado
e em cuja alma não há falsidade!
Eu confessei, afinal, meu pecado
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: “Eu irei confessar meu pecado!”
E perdoastes, Senhor, minha falta.
Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!
Corações retos, cantai jubilosos!
2a Leitura - 1 Coríntios 10,31-11,1
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.10 31 Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
32 Não vos torneis causa de escândalo, nem para os judeus, nem para os gentios, nem para a Igreja de Deus.
33 Fazei como eu: em todas as circunstâncias procuro agradar a todos. Não busco os meus interesses próprios, mas os interesses dos outros, para que todos sejam salvos.
1 Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
Palavra do Senhor.
Evangelho - Marcos 1,40-45
Aleluia, aleluia, aleluia. Um grande profeta surgiu, surgiu e entre nós se mostrou; é Deus que se povo visita, seu povo, meu Deus visitou (Lc 7,16).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
40 Aproximou-se de Jesus um leproso, suplicando-lhe de joelhos: "Se queres, podes limpar-me."
41 Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: "Eu quero, sê curado."
42 E imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado.
43 Jesus o despediu imediatamente com esta severa admoestação:
44 "Vê que não o digas a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e apresenta, pela tua purificação, a oferenda prescrita por Moisés para lhe servir de testemunho."
45 Este homem, porém, logo que se foi, começou a propagar e divulgar o acontecido, de modo que Jesus não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, nos lugares despovoados; e de toda parte vinham ter com ele.
Palavra da Salvação.
Nos tempos mais esclarecidos em que vivemos, temos
que fazer um esforço muito grande de compreensão, para aceitar que tenha havido
na Lei do Antigo Povo de Deus prescrições tão deprimentes e tão dolorosas a
respeito das pessoas atingidas pela doença da lepra. Tais pessoas eram
excluídas drasticamente da comunidade. Tinham que viver isoladas nas suas
cabanas fora do povoado. Tinham que usar roupas rasgadas e gritar
"impuro", ao se aproximarem pessoas sadias. Se tivessem a ventura de
ficar curadas, tinham que se mostrar aos sacerdotes, apresentar uma oferenda e
obter um certificado de saúde. Só então podiam reingressar na comunidade. Tudo
isso se encontra, apresentado com os mais minuciosos pormenores, no livro do
Levítico em mais de um lugar.
Lamentavelmente, a catequese da Igreja em séculos
passados ajudou a manter essa discriminação, inclusive por usar freqüentemente
a lepra como símbolo do pecado. Mas a Igreja, ao mesmo tempo, fez o melhor que
pôde para socorrer esses irmãos discriminados. Acolheu-os em casas de saúde especializadas,
e deu todo o apoio aos esforços da medicina para a descoberta de remédios para
a terrível enfermidade. E foi acolhendo as novas informações de que a doença é
curável e não é tão perigosamente transmissível como se acreditava. O grande
Papa Pio XII teve o grande mérito de dizer certa vez em público uma segura
palavra a esse respeito, abrindo largo caminho para a nova mentalidade. E hoje
os tempos são mais amenos para a consciência da Igreja e do mundo dentro do
qual ela vive.
Jesus curou muitos leprosos. O Evangelho o registra
com freqüência. Numa dessas curas, narrada pelos três sinóticos e acolhida na
Liturgia da Palavra deste sexto domingo do Tempo Comum, aparece
maravilhosamente a confiança absoluta do doente no poder de Jesus e a prontidão
com que o Senhor o curou. O leproso aproximou-se de Jesus, lançou-se de joelhos
a seus pés e exclamou: "Senhor, se quiseres, podes curar-me". E Jesus
imediatamente estendeu a mão, tocou-o - Ele não participava do tabu da antiga
Lei - e disse: "Quero, fica curado" (Mc. 1,40-42). Em seguida mandou
que ele se fosse apresentar ao sacerdote para cumprir a prescrição da Lei e
proibiu-lhe que divulgasse a notícia. Como se podia prever, o homem curado não
foi capaz de atender à proibição de Jesus. Espalhou o mais que pôde a notícia,
de tal sorte que Jesus nem podia mais entrar às claras em nenhuma cidade e
tinha que se afastar para lugares desertos. O evangelista o registra, mas
acrescentando que todos acorriam a Ele de toda parte.
Aparece bem claro, no episódio, que Jesus atendeu ao
pedido do leproso com uma prontidão que correspondia ao tamanho da confiança e
da fé que existia no coração daquele homem. E ficou a lição para nós. Para nos
mostrar como a oração que dirigimos a Deus para pedir-lhe alguma coisa deve
ser alicerçada num fundo muito sincero de fé no poder de Deus e de confiança em
sua bondade. "Se quiseres" é uma expressão que indica de maneira
muito viva essa fé e essa confiança. Quantas vezes encontramos Jesus dizendo a
quem lhe vem pedir uma cura: "Tem confiança, meu filho! “ A importância da
fé em quem faz um pedido, ficou bem explícita no caso da mulher que tocou a
orla do manto de Jesus para se ver livre de sua enfermidade:
"Tem confiança, minha filha. Tua fé te
salvou" (Mt. 9,22). Assim deve ser nossa oração. Sempre envolvida numa
grande fé e numa firme confiança.
Há comentadores que chamam a atenção para o fato de
Jesus ter mandado que o leproso curado se apresentasse aos sacerdotes. Estava
apenas lembrando a ele o dever de cumprir a Lei? Ou tinha também a intenção de
que o fato mostrasse aos sacerdotes que o Messias tinha chegado e se estavam
cumprindo as predições dos profetas a respeito de seu poder taumatúrgico? Tal
finalidade não é improvável. E parece corresponder ao desejo de Jesus de se manifestar,
fugindo sempre de interpretações de um falso messianismo. Afinal, a luz do
Messias se devia revelar ao mundo.
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