domingo, 26 de novembro de 2023

Solnidade Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Permita que Jesus Cristo reine em sua vida.

 


O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele glória e poder através dos séculos (Ap 5,12; 1,6).

Na solenidade litúrgica de hoje, somos acolhidos por Deus, que se dispõe a ser tudo em todos e restaura todas as coisas em seu Filho. Jesus, nosso Rei e Pastor, nos conduz pelos caminhos do cuidado e do amor pela vida, convidando-nos a reconhecê-lo e servi-lo no próximo necessitado. No dia em que se conclui o 3º Ano Vocacional da Igreja no Brasil, celebremos em comunhão com os cristãos leigos e leigas, que se comprometem dia a dia com o Reinado de nosso Senhor.

Primeira Leitura: Ezequiel 34,11-12.15-17

Leitura da profecia de Ezequiel – 11Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. 12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão. 15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar – oráculo do Senhor Deus. 16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito. 17Quanto a vós, minhas ovelhas – assim diz o Senhor Deus -, eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 22(23)

O Senhor é o pastor que me conduz; / não me falta coisa alguma.

1. Pelos prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas repousantes me encaminha / e restaura as minhas forças. – R.

2. Preparais à minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo, / e com óleo vós ungis minha cabeça; / o meu cálice transborda. – R.

3. Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por toda a minha vida; / e na casa do Senhor habitarei / pelos tempos infinitos. – R.

Segunda Leitura: 1 Coríntios 15,20-26.28

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 20na realidade, Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. 21Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. 22Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. 23Porém cada qual segundo uma ordem determinada: em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. 24A seguir, será o fim, quando ele entregar a realeza a Deus Pai, depois de destruir todo principado e todo poder e força. 25Pois é preciso que ele reine até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. 26O último inimigo a ser destruído é a morte. 28E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Mateus 25,31-46

Aleluia, aleluia, aleluia.

É bendito aquele que vem vindo, / que vem vindo em nome do Senhor; / e o Reino que vem seja bendito; / ao que vem e a seu Reino, o louvor! (Mc 11,10) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 31“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. 37Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’ 40Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que, todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. 44E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Meus irmãos e minhas irmãs, hoje, com essa celebração, chegamos à conclusão do nosso Ano Litúrgico. Hoje, 34º Domingo do Tempo Comum, coincide com a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo.

É também um dia de fazer memória do nosso chamado como Canção Nova porque a Canção Nova nasceu na festa de Cristo Rei, quando o padre Jonas fez o apelo para aqueles jovens de deixar tudo e viverem em comunidade. Então, é uma oportunidade para também relembrar o nosso chamado.

O 34º Domingo coincide com a Solenidade e, como disse, chegamos ao final do Ano Litúrgico, que celebramos o final da nossa caminhada espiritual. Por isso, estamos vendo, nesses domingos, os discursos escatológicos de Jesus.

Vemos esse discurso escatológico que fala da finalidade da nossa existência, não do fim do mundo, e sim da finalidade da nossa existência. Não são as últimas coisas, mas o último é Cristo, o Alfa e o Ômega, princípio e o fim, o ponto final, o cume para o qual tudo se encaminha. E, nesse domingo, vemos a terceira parábola escatológica que fala do juízo universal. Vimos a das dez virgens, vimos a dos talentos e, neste domingo, é o juízo universal.

O Evangelho — o padre não leu tudo —, fala da separação final, que indica a vinda gloriosa de Cristo, que comporta uma separação. Como aquelas dez virgens — cinco entraram na festa com o esposo e cinco não. Aqueles dois empregados que multiplicaram os talento entraram para a festa e, hoje, aqui, também são separadas as ovelhas dos cabritos. Então, a vinda gloriosa de Cristo vai comportar uma separação.

Na Festa de Cristo, Rei do Universo, peçamos que Ele reine em nossos corações, reine em nossas famílias

Quando o esposo chega, as cinco virgens previdentes fazem festa com ele; quando o patrão volta, os dois empregados fazem festa com ele; e Jesus quer fazer festa conosco quando Ele vier na sua glória!

O critério do julgamento, aqui, é o que fizermos para Cristo. As mazelas que aparecem aqui: a fome e a nudez são imagem de Cristo que se identifica com cada ser humano, identifica-se com aquele que passa fome e sede, que está nu, que é estrangeiro, que está preso. Jesus se identifica com cada sofrimento humano; e, se nós fizermos a esses nossos irmãos, fazemos para Cristo.

A humanidade tem necessidade de ver o Cristo e precisa vê-Lo, através das nossas boas ações, que são cumpridas não com outros interesses —, digamos: fora dos critérios do Evangelho —, mas com o interesse de fazer o bem àquela pessoa, porque nela está Jesus Cristo.

Jesus se identificou com as misérias humanas; e cada vez que nós olhamos para elas e socorremos essas misérias, também socorremos Cristo. Do contrário, quando ignoramos, nós ignoramos o próprio Cristo.

Cristo é o modelo, e sendo Rei, Ele se fez servo de todos; servo da humanidade. Por isso, na Festa de Cristo, Rei do Universo, peçamos que Ele reine em nossos corações, reine em nossas famílias, reine em toda a humanidade. Com a Sua presença, também vamos sendo edificados!

Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!


CN

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