A Igreja celebra hoje a memória de um dos maiores papas da história: São Leão Magno, que governou a barca de Pedro num período de grandes turbulências não só doutrinais, devido à irrupção de muitas heresias, mas ainda temporais, graças ao assédio bárbaro que, em pouco tempo, faria ruir o Império Romano do Ocidente.
Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 10 de novembro, e peçamos a Deus, que se dignou colocar à frente da Igreja São Leão Magno, que nos conceda a graça de perseverarmos até o fim na sã doutrina e de gozarmos de paz e segurança perpétua.
O Senhor o escolheu para a plenitude do sacerdócio e, abrindo seus tesouros, o cumulou de bens.
Leão nasceu no final do século 4º, na Itália, e lá faleceu em 461. Um dos maiores papas da história do cristianismo, dedicou-se à defesa da doutrina cristã, ao combate das heresias e ao bem espiritual dos fiéis. De profunda sabedoria, tornou-se o papa da unidade da Igreja. Seu exemplo de anunciador do Evangelho e administrador fiel dos mistérios de Deus nos leve a sempre mais buscar conhecer e viver os ensinamentos de Cristo.
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – 14Meus irmãos, de minha parte, estou convencido, a vosso respeito, que vós tendes bastante bondade e ciência, de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros. 15No entanto, em algumas passagens, eu vos escrevo com certa ousadia, como para reavivar a vossa memória, em razão da graça que Deus me deu. 16Por esta graça eu fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos e consagrado servidor do Evangelho de Deus, para que os pagãos se tornem uma oferenda bem-aceita, santificada no Espírito Santo. 17Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo no que se refere ao serviço de Deus: 18não ouso falar senão daquilo que Cristo realizou por meu intermédio, para trazer os pagãos à obediência da fé, pela palavra e pela ação, 19por sinais e prodígios, no poder do Espírito de Deus. Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo, desde Jerusalém e arredores até a Ilíria, 20tendo o cuidado de pregar somente onde Cristo ainda não fora anunciado, para não acontecer eu construir sobre alicerce alheio. 21Agindo dessa maneira, eu estou de acordo com o que está escrito: “Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado verão; aqueles que não tinham ouvido falar dele compreenderão”. – Palavra do Senhor.
O Senhor fez conhecer seu poder salvador / perante as nações.
1. Cantai ao Senhor Deus um canto novo, / porque ele fez prodígios! / Sua mão e o seu braço forte e santo / alcançaram-lhe a vitória. – R.
2. O Senhor fez conhecer a salvação, / e às nações, sua justiça; / recordou o seu amor sempre fiel / pela casa de Israel. – R.
3. Os confins do universo contemplaram / a salvação do nosso Deus. / Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, / alegrai-vos e exultai! – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
O amor de Deus se realiza em todo aquele / que guarda sua Palavra fielmente (1Jo 2,5). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. – Palavra da salvação.
2. Instrumentos inteligentes e livres. — Mas se poderia dizer: “Deus não é sábio, sumamente sábio, a sabedoria? Para que, então, Ele precisa da nossa inteligência?” De fato, Deus não precisa da nossa inteligência, mas Ele quer precisar. Por quê? Para a sua maior glória. Essa é a maravilha! Quando nós fazemos coisas para Deus; quando nós derrotamos Satanás, os demônios e os inimigos de Deus; quando nós lhes “passamos a perna”, digamos assim, com prudência, com muita lealdade, com muito amor, sem fazer nada de imoral; quando nós conseguimos driblar as artimanhas do diabo e fazer o inferno confundir-se e desesperar por causa de nossas obras, nós estamos dando a Deus uma glória especialíssima. Sim, porque a glória de Deus se dá e acontece quando nós, instrumentos do seu amor, nos dispomos a servi-lo. Ora, existem vários tipos de instrumentos: há os instrumentos inanimados, como uma caneta que se deixa usar sem resistência nem remoque; mas existem instrumentos inteligentes e livres. Somos nós, os seres humanos, que somos inteligentes para entender as coisas e livres para amar e colocar a nossa inteligência a serviço de Deus. É isso que Jesus está elogiando na parábola de hoje, e é disto que precisamos nos dar conta: servir a Deus também com a nossa inteligência, também com a nossa capacidade estratégica! Depois que vier a vitória, veremos a glória de Deus, porque é Ele o grande estrategista, o grande vitorioso que usou de instrumentos tão inadequados, pobres e humildes que somos nós. Mas que privilégio o de poder servi-lo também com a nossa inteligência!
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