sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Nossa Senhora das Dores - Memória

 


Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição, e teu coração será transpassado como por uma espada (Lc 2,34s).

A devoção a Nossa Senhora das Dores sintetiza as tribulações de toda a vida de Maria. Ela viveu na própria alma os sofrimentos do filho. Esta memória litúrgica foi inserida no calendário romano pelo papa Pio 7º, servo de Deus, no século 19. Peçamos a Maria que, intercedendo por nós, nos ajude a superar as dificuldades e aflições de nossa caminhada.

Primeira Leitura: Hebreus 5,7-9

Leitura da carta aos Hebreus – 7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 30(31)

Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

1. Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! / Porque sois justo, defendei-me e libertai-me, / apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me! – R.

2. Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; / por vossa honra, orientai-me e conduzi-me! – R.

3. Retirai-me desta rede traiçoeira, / porque sois o meu refúgio protetor! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! – R.

4. A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! – R.

5. Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, / que reservastes para aqueles que vos temem! / Para aqueles que em vós se refugiam, / mostrando, assim, o vosso amor perante os homens. – R.

Evangelho: João 19,25-27

Aleluia, aleluia, aleluia.

Feliz a Virgem Maria, que, sem passar pela morte, / do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor! – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. – Palavra da salvação.

Evangelho opcional: Lucas 2,33-35.

Reflexão:
Ao celebrarmos a Memória de Nossa Senhora das Dores, devemos meditar com especial atenção o Imaculado e Dolorosissimo Coração de nossa Mãe bendita, que se manteve firme "perto da cruz de Jesus". Se Deus, com efeito, se encarnou para que, com um Coração Sagrado e humano, pudesse padecer e nos amar até o extremo (cf. Jo 13, 1), era conveniente que, associado às suas dores, houvesse um Coração que pudesse compadecer-se e amá-lO como nós não somos capazes de amar. Porque se diante da cruz do Senhor reagimos, não raro, com indiferença, frieza e ingratidão, a Virgem fiel não só se mantém de pé junto a seu Filho crucificado como, além disso, se une tão intimamente a seus terríveis padecimentos que oferece também ela, a título de Corredentora em estreita e subordinada dependência de Cristo, um sacrifício agradável ao Pai. Em Maria, portanto, Deus encontra um Coração perfeitíssimo, feito — se assim se pode dizer — à sua incomensurável medida, capaz de corresponder digna, embora proporcionalmente, ao amor infinito que do alto do Calvário Ele derrama sobre os homens; e Maria o faz não apenas O amando de volta, mas ainda sofrendo com Ele o maior dos males: o pecado, com o qual ofendemos e ultrajamos dia após o dia a honra divina, conspurcamos em nós a imagem dAquele a cuja semelhança fomos criados, rejeitamos enfim, com diabólico desprezo, a caridade infinita de um Deus que deseja ardentemente associar-nos às alegrias do Paraíso celeste. Consagremo-nos hoje a este Doloroso Coração, que, mais do que Abraão prestes a imolar Isaac, creu e confiou em Deus sem reservas, pronto a entregar ao Pai o Filho que o Espírito Santo gerou em seu seio intocado. — Ó doce Coração de Maria, sede a nossa salvação!

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