terça-feira, 5 de setembro de 2023

22ª Semana do Tempo Comum - A autoridade da palavra de Cristo.

 Evangelho do Dia: Jesus e o possesso na sinagoga (Lc 4, 31-37) – Oratório  São Luiz – 120 Anos

Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).

Como “filhos da luz e filhos do dia”, os cristãos não perdem tempo calculando quando Jesus virá. Porque o Senhor vem a todo instante, no cotidiano da vida e na conclusão da existência terrena. Celebremos sua bondade, que nos acompanha, e acolhamos a força de seus ensinamentos.

Primeira Leitura: 1 Tessalonicenses 5,1-6.9-11

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Tessalonicenses1Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever. 2Vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como ladrão, de noite. 3Quando as pessoas disserem: “Paz e segurança!”, então de repente sobrevirá a destruição, como as dores de parto sobre a mulher grávida. E não poderão escapar. 4Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. 5Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. 6Portanto, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios. 9Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. 10Ele morreu por nós para que, quer vigiando nesta vida, quer adormecidos na morte, alcancemos a vida junto dele. 11Por isso, exortai-vos e edificai-vos uns aos outros, como já costumais fazer. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 26(27)

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes.

1. O Senhor é minha luz e salvação; / de quem eu terei medo? / O Senhor é a proteção da minha vida; / perante quem eu tremerei? – R.

2. Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, / e é só isto que eu desejo: / habitar no santuário do Senhor / por toda a minha vida; / saborear a suavidade do Senhor / e contemplá-lo no seu templo. – R.

3. Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. / Espera no Senhor e tem coragem, / espera no Senhor! – R.

Evangelho: Lucas 4,31-37

Aleluia, aleluia, aleluia.

Um grande profeta surgiu entre nós / e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!” 35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos, e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza. – Palavra da salvação.

Reflexão
 
No Evangelho de hoje, Jesus desce de Jerusalém para Cafarnaum e, tendo ali chegado, prega na sinagoga num dia de sábado. A reação dos ouvintes, diz o evangelista São Lucas, é de espanto e admiração, porque viam que os ensinamentos de Cristo, ao contrário dos fariseus e doutores da Lei, estavam cheios de autoridade. Pois Jesus, Verbo eterno do Pai, fala com poder e eficácia; a sua própria pessoa, como nos recorda a Constituição Dogmática Dei Verbum, é Revelação encarnada, de sorte que todas as suas palavras e obras, sinais e milagres, gestos e atitudes são, por si sós, a mais eloquente e profunda manifestação de Deus. Por isso, quem vê a Cristo, vê ao Pai (cf. Jo 14, 9) e, portanto, ao Deus que quer fazer-se conhecido dos homens pelo seu Filho feito carne, igual a nós em tudo, exceto no pecado (cf. Hb 4, 15). E o que nEle nos é dado a conhecer em muito supera o que, com as luzes naturais da razão, poderíamos deduzir a respeito da divindade. Porque, ao revelar-se em Cristo, Deus não se limita a transmitir-nos verdades de ordem sobrenatural, inacessíveis à inteligência humana; comunica-nos também os desígnios de salvação que Ele, antes da criação do mundo, decretou a nosso favor, chamando-nos a participar dos bens divinos, como diz o Concílio Vaticano I, e para fazer-nos herdeiros da bem-aventurança eterna. — Com o coração reconfortado por estas verdades, aproximemo-nos com mais confiança de Jesus, que pode expulsar demônios e ressuscitar os mortos com uma simples ordem, e digamos-lhe, repletos de fé e esperança: "Senhor, dizei uma só palavra, e serei salvo". 


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