quarta-feira, 6 de setembro de 2023

22ª Semana do Tempo Comum - Livres para servir.

 Lucas 4: 38-44 (2022) | CHRISTIAN ART | Gospel Reading & Art Reflection

Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).

A comunidade que vive de fé, esperança e amor fraterno é o testemunho vivo do Cristo ressuscitado. Com tais características, ela desperta ações de graças a Deus e revela o dinamismo do Espírito Santo. Curados pelo Senhor, fortaleçamos na liturgia a disposição de amar e servir.

Primeira Leitura: Colossenses 1,1-8

Início da carta de São Paulo aos Colossenses – 1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, e o irmão Timóteo 2aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossas: graça e paz da parte de Deus, nosso Pai. 3Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, 4pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, 5animados pela esperança na posse do céu. Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. 6E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e conhecestes verdadeiramente. 7Assim aprendestes de Epafras, nosso estimado companheiro, que é, junto de vós, um autêntico mensageiro de Cristo. 8Foi ele quem nos deu notícia sobre o amor que o Espírito suscitou em vós. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 51(52)

Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!

1. Eu, porém, como oliveira verdejante / na casa do Senhor, / confio na clemência do meu Deus / agora e para sempre! – R.

2. Louvarei a vossa graça eternamente, / porque vós assim agistes; / espero em vosso nome, porque é bom, / perante os vossos santos! – R.

Evangelho: Lucas 4,38-44

Aleluia, aleluia, aleluia.

O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de que os deixasse. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa-nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia. – Palavra da salvação.

Reflexão

Jesus encontra-se em Cafarnaum, na casa de Simão. Ali se encontra também a sogra de Pedro, detida na cama por causa de uma febre. A cena é narrada pelo evangelista de forma bastante plástica, que chega à minúcia de dizer que, para curá-la, o Senhor fez questão de inclinar-se sobre o leito. Nesse pequeno gesto de Cristo vemos já como que simbolizados a sua missão e o propósito de sua Encarnação: rebaixar-se, assumindo a forma de servo, para vir em socorro às nossas necessidades. É curioso notar, além disso, que a febre de que estava acometida a sogra de Pedro é de algum modo personificada; ela é tratada como uma "pessoa" que, uma vez repreendida pelo Filho do Homem, obedece sem demora às suas ordens.

Outro detalhe importante que o Evangelho de hoje nos narra é a prontidão com que aquela mulher, depois de curada, levanta-se imediatamente e começa a servir a Cristo e a quantos estavam na casa. Podemos ver representado aqui, de maneira bem concreta, o efeito da obra de libertação e redenção operada pelo Senhor: Ele, com efeito, veio libertar-nos de mãos inimigas, a fim de O servirmos "em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida" (Lc 1, 74). Saídas da boca de Zacarias, estas últimas palavras compendiam o núcleo da ação salvífica que Deus quis realizar em nosso favor mediante a Encarnação de seu Filho. Do mesmo modo que Deus determinou libertar o povo hebreu do jugo egípcio, para que no deserto Lhe fossem oferecidos sacrifícios e louvores, assim também nos libertou por seu Filho da escravidão do pecado, para que agora O sirvamos como criaturas novas, fazendo frutificar os dons com que fomos adornados e enriquecidos. A exemplo, pois, da sogra de Simão, abramo-nos à graça do Senhor e, com generosidade, a empreguemos imediatamente, sem demora, para servir a Deus em todos os nossos irmãos.

 

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