Alguém me enviou por e-mail uma parábola interessante sobre o jumentinho que Jesus usou para entrar em Jerusalém. Dizia assim:
“Um jumentinho voltando para sua casa todo contente, falou para sua mãe:
– Fui a uma cidade e quando lá cheguei
fui aplaudido, a multidão gritava alegre, estendia seus mantos pelo
chão… Todos estavam contentes com minha presença.Sua mãe perguntou se ele estava só e o burrinho disse:
– Não, estava levando um homem com o nome de Jesus.
Então sua mãe falou:
– Filho, volte a essa cidade, mas agora sozinho.
Então o burrinho respondeu:
– Quando eu tiver uma oportunidade, voltarei lá…
Quando retornou a essa cidade sozinho,
todos que passavam por ele fizeram o inverso, o maltratavam, o xingavam e
até mesmo batiam nele.
Voltando para sua casa, disse para sua mãe:
– Estou triste, pois nada aconteceu
comigo. Nem palmas, nem mantos, nem honra… Só apanhei, fui xingado e
maltratado. Eles não me reconheceram, mamãe…
Indignado o burrinho disse a sua mãe:
– Porque isso aconteceu comigo?
Sua mãe respondeu:
– Meu filho querido, você sem JESUS é só um jumentinh …
Lembre-se sempre disso”.
Nós sozinhos somos apenas um jumentinho;
um ser humano sem a graça de Deus e sem a Sua força sobrenatural. Somos
pobres, fracos, impotentes…
Jesus disse que Ele é a videira
verdadeira e que nós somos os seus ramos; e que se o ramo se desprender
Dele, vai secar e morrer. E acrescentou: “Sem Mim nada podeis fazer” (João 15, 5s).
É porque nos esquecemos dessa palavra de
Jesus que tantas vezes fracassamos em nossas lutas, projetos,
empreendimentos, evangelização, educação dos filhos, trabalho
profissional e religioso, etc. Nos esquecemos que se Jesus não estiver
conosco, pela fé e pela oração, seremos um pouco parecidos com o
jumentinho de Jerusalém.
Quando nós falamos as palavras de Jesus,
atraímos as pessoas; quando “carregamos’ Jesus as pessoas nos ouvem;
mas, quando estamos só, vazios, sem “carregar” Jesus, o povo olha para
nós e vê a nossa feiura e impotência. E pode nos desprezar.
Não podemos fazer nada nesta vida sem “carregar” Jesus.
Mas carregar Jesus é estar ciente de que os aplausos são para Ele e não para nós.
É estar cientes de que Ele não precisa de nós, mas quer nos usar para nos dar dignidade e grandeza.
Carregar Jesus é estar ciente de que
depois que o ajudamos a cumpriu a Sua missão salvífica, voltamos a ser
apenas um “jumentinho”, muito feliz e honrado, mas como os outros. São
Paulo diz que somos “vasos de barro” para que a gente esteja ciente de
que todo poder que se manifesta em nós vem Dele e não de nós (cf. 2Cor
4,7 ).
Não faça nada sem “carregar” Jesus. Não
comece o dia sem Jesus. Não corrija seu filho, sua esposa, seu
empregado ou seu patrão, sem pedir a luz a Jesus; senão as suas
palavras poderão ser inconvenientes e ineficazes.
Não comece um empreendimento sem colocá-lo nas mãos de Jesus e pedir sua graça, sua proteção, sua luz.
Não eduque sua família sem a luz de Jesus, senão ela caminhará nas trevas do mundo.
Não faça o seu trabalho pastoral
acreditando apenas em você, nos “seus” planos bem traçados; pode ser que
você se decepcione e desanime de tudo como muitos.
Não se esqueça, sem Jesus, o jumentinho de Jerusalém é apenas um jumentinho.
Jesus mandou pedir, pedir e pedir. “Pedi,
e dar-se-vos-á; buscais e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo
aquele que pede recebe; aquele que procura acha; ao que bater se lhe
abrirá” (Lucas 11,9-11).
Acreditamos nisso, ou desistimos de
pedir? Santo Agostinho se converteu e foi um dos santos mais
importantes da Igreja; porque sua mãe derramou sua lágrimas diante do
Santíssimo, sem desistir e sem desanimar, durante vinte anos. E nós?
Prof. Felipe Aquino
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