Mt 12,1-8
Hoje, o Senhor se aproxima do campo cultivado da sua vida, para
recolher frutos de sua santidade. Encontrará caridade, amor a Deus e aos
demais? Jesus, que corrige a casuística meticulosa dos rabinos que
tornava insuportável a lei do descanso sabático, por acaso terá que lhe
lembrar que a ele só interessa o seu coração, a sua capacidade de amar?
«Olha, os teus discípulos fazem o que não é permitido fazer em dia de
sábado!» (Mt 12,2). Disseram-Lhe isto convencido, isso é o que é
incrível. Como proibir alguém de fazer o bem sempre? Alguma coisa
deve-lhe lembrar que nada o desculpa de não ajudar aos demais. A
caridade verdadeira respeita as exigências da justiça, evitando a
arbitrariedade ou o capricho, mas impede o rigorismo, que mata o
espírito da lei de Deus, que é um convite contínuo a amar, a dar-se aos
demais.
«Misericórdia eu quero, não sacrifícios» (Mt 12,7).
Repete-o muitas vezes, para gravá-lo em teu coração: Deus, rico em
misericórdia, nos quer misericordiosos. «Que próximo Deus está de quem
confessa sua misericórdia! Sim, Deus não anda longe dos contritos de
coração» (Santo Agostinho). E quão longe estamos de Deus quando
permitimos que o nosso coração se endureça como uma pedra!
Jesus
Cristo acusou os fariseus de condenar os inocentes. Grave acusação. E
você? Você se interessa de verdade pelas coisas dos demais? Os julga com
carinho, com simpatia, como quem julga a um amigo ou a um irmão?
Procure não perder o norte da sua vida.
Peça à Virgem que o faça
misericordioso, que saiba perdoar. Seja benévolo. E se descobre na sua
vida algum detalhe que destoe dessa disposição de fundo, agora é um bom
momento para retificar, formulando algum propósito eficaz.
Rev. D. Josep RIBOT i Margarit
(Tarragona, Espanha)
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