A abertura do Ano Santo coincide com os 50 anos da encerramento do
Concílio Vaticano II, no dia 8 de dezembro. A conclusão terá lugar na
Solenidade litúrgica de Jesus Cristo Rei do Universo, em 20 de novembro de
2016.
Uma particularidade deste Ano Santo é que não será celebrado só em
Roma, mas em todas as dioceses do mundo. A Porta Santa será aberta pelo Papa na
Basílica de São Pedro em 8 de dezembro e no domingo seguinte em todas as
Igrejas do mundo.
A Bula também explica alguns aspectos importantes do Jubileu: o
primeiro é o lema “Misericordiosos como o Pai”, a continuação do sentido da
peregrinação e sobretudo a necessidade do perdão.
O tema particular que interessa ao Papa se encontra no número 15: as
obras de misericórdia espirituais e corporais. Segundo o Papa, elas devem
redescobrir-se “para despertar nossa consciência, muitas vezes adormecida
frente ao drama da pobreza, e para entrar ainda mais no coração do Evangelho,
onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina”.
Uma novidade neste Ano Santo faz relação com a Quaresma, durante a
qual serão enviados, a diversas partes do mundo, os “Missionários da
Misericórdia”. Iniciativa com a qual o Papa quer ressaltar de forma mais
concreta seu cuidado pastoral.
Criminosos, convertei-vos!
No número 19 da Bula, Francisco adverte com certo rigor as pessoas
envolvidas com o crime organizado e aquelas “promotoras ou cúmplices” da
corrupção. O Papa denuncia esta “chaga apodrecida” e insiste para que neste Ano
Santo haja uma verdadeira conversão por parte dos criminosos, especialmente.
“Este é o tempo oportuno para mudar de vida! Este é o tempo para
deixar tocar o coração. Diante de tantos crimes cometidos, escuta o choro de
todas as pessoas depredadas por vocês na vida, na família, nos afetos e na
dignidade. Seguir como estais é só fonte de arrogância, de ilusão e de
tristeza. A verdadeira vida é algo bem distinto do que agora pensais. O Papa os
estende a mão. Está disposto a ouvi-los. Basta somente que acolhais o apelo à
conversão e vos submetais à justiça enquanto a Igreja vos oferece misericórdia”
(n. 19).
Diálogo inter-religioso
Francisco também acredita que este ano Jubilar pode favorecer o
encontro entre os cristãos, judeus e os muçulmanos, pois ambos acreditam na
misericódia de Deus. O Papa pede que a Igreja esteja aberta ao diálogo para
conhecer estas religiões e determina que se “elimine toda forma de impasse e
desprezo, e leve qualquer forma de violência e de discriminação”.
Por fim, o Sumo Pontífice pediu:
“Neste Jubileu, deixemo-nos surpreender por Deus. Ele nunca se cansa de
abrir a porta de Seu coração para repetir que nos ama e quer compartilhar
conosco a sua vida… […]”. Francisco também desejou que o Ano Jubilar da Igreja
se converta em eco da Palavra de Deus que ressoa forte e decidida com palavra e
gestos de perdão, de suporte, de ajuda, de amor.
“Nunca se canse de oferecer misericórdia e seja sempre paciente em
confortar e perdoar. A Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com
confiança e sem descanso: ‘Lembra-te, Senhor, de tua misericórdia e de teu
amor; que são eternos.’”, conclui o Papa.
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