Lamentações
2,2.10-14.18-19
Jeremias contempla a miséria do povo que ficou
em Jerusalém, durante o exílio na Babilônia e retrata a sua situação de penúria,
aflição e desalento.
Reconhecendo suas faltas o povo abaixava a
cabeça e implorava a misericórdia do Senhor. Nós também, muitas vezes, estamos
como a cidade de Judá: os nossos “campos” estão minguando, a nossa capacidade de
produzir e servir a Deus e aos irmãos está se esgotando e não conseguimos nos
deter em nada nem tampouco realizar nenhum trabalho útil.
Temos o coração desalentado, porque antes, não
tivemos uma visão correta da realidade e fomos levados a formar imagens falsas e
insensatas.
Em outras ocasiões, para não contrariar a nossa
vontade ou mesmo para não entrar em confronto com alguém, nós nos submetemos a
coisas que não são agradáveis a Deus e assim invertemos os papéis e trocamos o
Criador pela criatura.
Como consequência disso, vimos desfilar diante
de nós as misérias e, por isso, nos afligimos, sofremos e nos lamentamos.
Precisamos deixar correr uma torrente de
lágrimas de dia e de noite, assim, o Senhor irá nos curar e restaurar.
Assim, o profeta diz a cada um de nós,
pessoalmente: “Levanta-te, chora na calada da noite, no início das
vigílias, derrama o teu coração como água, diante do Senhor.”
Este é o conselho do profeta para nós na hora
em que estamos em situações humilhantes:
levantar-se, significa ter
coragem e esperança;
chorar significa reconhecer a
impotência , o pecado, enfim,
derramar o coração é entregar-se
e esperar por Aquele único que pode nos perdoar e dar alento. Ergamos, pois, as
nossas mãos para Ele e deixemos que Ele nos restaure e nos liberte das utopias,
dos nossos desvios, acomodações.
Diante do clamor da nossa súplica de
arrependimento o Senhor irá nos restabelecer na terra que Ele nos deu e cuidar
da Sua plantação em nós.
Assim poderemos, novamente, alimentar as
“crianças” pelas ruas da cidade.
pemiliocalos
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