Os amargos frutos da Teologia da Libertação: esvaziamento da Igreja Católica no Brasil
Luis Solimeo
“Católicos passam de 93,1% para 64,6% da população em 50 anos − Entre
1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua população que se declara
católica cair de 93,1% para 64,6%”. [1]
“Em uma década, católicos perdem mais espaço para os evangélicos. −
Entre 2000 e 2010, fatia de católicos cai 12% no total da população
brasileira; parcela dos evangélicos cresce 43% e de pessoas sem religião
sobe 10%”. [2]
Notícias alarmantes, que, entretanto, parece não terem alarmado os Srs. Bispos do Brasil, como veremos.
Essa queda não é algo que aconteceu da noite para o dia, a ponto de
pegar os Bispos brasileiros de surpresa; nem algo imprevisível, mas
resultado de um processo longo, embora se tenha acelerado nas últimas
décadas.
Detenhamo-nos um pouco na análise dos números, para depois investigar as causas desse declínio.
“A maior nação Católica do mundo”
O Brasil foi descoberto e colonizado por Portugal, uma nação
católica. Os primeiros missionários foram os Padres Jesuítas ainda
cheios do zelo inicial de sua fundação. O catolicismo marcou toda a vida
do país, fazendo dele a maior nação Católica do mundo, não só em
números absolutos, como também em termos percentuais, em relação às
demais religiões.
O crescimento do protestantismo, do espiritismo, de religiões
orientais ou afro-brasileiras, bem como do número de pessoas sem
religião, foi lento no país até algumas décadas atrás. Em cem anos,
segundo os dados do primeiro censo realizado no Brasil em 1872, até os
dados do censo de 1970, verifica-se que a proporção de católicos variou
apenas 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8%
em 1970.[3] E ainda assim, segundo sugerem estudos acadêmicos, pelo
menos parte desse aumento de não-católicos se deveu à imigração.[4]
A partir dessa última data (1970), o crescimento das demais religiões
e a diminuição do numero de católicos acelerou-se de modo acentuado e o
último censo que acaba de ser divulgado, correspondente a 2010, revela
que a porcentagem dos católicos caiu para 64,6%. Portanto, nos últimos
40 anos, a Igreja teve uma perda de fiéis de quase 30% (precisamente,
27,2%).
Acresce a esse quadro que o número de católicos praticantes nesse mesmo período oscilou entre 5 e 10%.[5]
Ao mesmo tempo, o protestantes passaram de 6,6% em 1980 para 22,2%, sendo que o maior crescimento foi o do Pentecostalismo.
Embora se apresentem razões sociológicas para explicar tal mudança no
quadro religioso do Brasil (migrações maciças da zona rural para as
periferias urbanas e maior facilidade nos últimos anos de formação de
núcleos pestecostais para acolher os desenraizados), tais explicações
são superficiais e não pegam o fundo do problema. Tanto mais quanto o
aumento protestante pentecostal deu-se também nas zonas rurais do país:
em termos percentuais, a maior concentração protestante se verificou em
Rondônia (33,8%), um Estado do noroeste do país, típicamente rural.
Teologia da Libertação: simples coincidência? É bem evidente que as
razões mais profundas que explicam a perda de fiéis pela Igreja Católica
são de caráter religioso e devem ser procuradas na crise que abala a
Igreja no Brasil (como por quase todo o mundo).
Não é simples coincidência que a aceleração da perda dos fiéis pela
Igreja, na década de 1970, se tenha dado ao mesmo tempo em que se
disseminavam entre o clero e o episcopado os princípios da Teologia da
Libertação. Como essa “teologia” confunde a libertação espiritual com a
libertação política, e o estabelecimento do “Reino de Deus” na terra com
a implantação uma sociedade socialista e igualitária, os sermões nas
igrejas, em sua maioria, assim como os temas das Campanhas da
Fraternidade promovidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), referem-se mais a luta de classes e reformas político-sociais e
econômicas do que ao Evangelho.
Tomemos um exemplo concreto. O boletim da Conferência Episcopal assim descreve a Campanha da Fraternidade de 2010 :
“Lema: Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24)
Tema: Economia e Vida
Objetivo Geral:Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”.[6]
Objetivo Geral:Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”.[6]
Como se vê, não se econtram referências à vida eterna, à salvação das
almas, ao pecado, Céu e Inferno. É um linguajar puramente político, de
luta de classes, que espanta os fiéis desejosos de ouvir falar das
verdades eternas. A referência a “uma sociedade sem exclusão” baseia-se
no conceito marxista de que a riqueza dos ricos é constituída mediante a
exclusão ou opressão dos pobres. (Sem querermos nos aprofundar, notemos
de passagem o caráter “ecumênico” dessas campanhas, que colocam a
Igreja Católica não como a única Igreja de Cristo, mas apenas como uma
das “Igrejas Cristãs”, entre outras. Isso não facilita o proselitismo
das seitas protestantes?).
O hino da Campanha dos Bispos para este ano tem a seguinte estrofe:
“Levem a todos meu chamado à liberdade (Cf. Gl 5,13)
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados. (Cf. Mt 10,27).”[7]
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados. (Cf. Mt 10,27).”[7]
Em suma, a Teologia da Libertação é um veículo religioso a serviço da
revolução, conforme a apresentava o Pe. Gustavo Gutierrez, considerado o
“pai” dessa corrente, em seu livro Teologia da Libertação, de 1971:
“O homem latino-americano … na luta revolucionária liberta-se de
algum modo da tutela de uma religião alienante que tende à conservação
da ordem.”[8]
Considerarando a Santa Igreja uma “religião alienante” (conceito
marxista: “A religião é ópio do povo”, na frase de Marx), os teólogos da
libertação e seus seguidores procuram construir uma igreja
“desalienada”, que tende, não “à conservação da ordem” mas à sua
subversão.
A consequência é que os fiéis, cansados dessa “religião desalienada”,
revolucionária e materialista, centrada em questões econômicas e
sociais, acaba muitas vezes apostatando tragicamente, da única e
verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vão procurar alhures as
palavras de conforto da religião e de guia para sua vida moral: “A quem
iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68).
Acordarão, por fim, os Senhores Bispos brasileiros e se darão conta
de que a missão precípua da Igreja não é oferecer solução para os
problemas econônicos e sociais, menos ainda procurar estabelecer uma
sociedade igualitária, mas sim salvar as almas? Ou continuarão eles
enfeitiçados pela miragem utópica da Teologia da
Libertação?
OBS> É exatamente isso o que viemos dizendo nos últimos anos: a
principal culpada pelo esvaziamento da Igreja e da fuga dos católicos
para as seitas é esta maldita teologia comunista, com os narizes
embicados para a terra. E porque olham apenas para a terra, afundam
nela, e nela afundam a Igreja. Quando ela é feita para olhar para o Céu,
e Deus a proverá de tudo.
A questão é simples: o nosso povo tem sede de Deus! Quando ele
vai a Igreja ele não segue a busca de soluções humanas, mas divinas. De
problemas que os homens não conseguem resolver o povo está farto. Vai
então em busca Daquele que pode lhe dar realmente VIDA em abundância,
não de coisas que passam, mas daquelas que ficam para sempre. É como no
Evangelho está escrito, e aqui se aplica: vão a Igreja pedir Pão do Céu,
aquele ÚNICO PÃO que sacia plenamente, e lhe dão a serpente vermelha. E
isso cumpre a profecia de Amós para nosso tempo. Há um povo sedento e
faminto, não de água, nem de pão, mas da Palavra de Deus... Que não mais
encontra! Somente óvos de serpente.
A Igreja deve dedicar-se exclusivamente à catequese, desde o
ventre materno, até o cuidado com as almas, mesmo depois da morte. Por
qual motivo os maus católicos fogem? Melhor perguntando, por qual motivo
os católicos tornados maus por esta maligna teologia se afastam em
busca de outros redis? Porque simplesmente desconhecem os tesouros
preciosos que somente a nossa Igreja Católica tem. E quem não conhece
alguma coisa como a pode amar? Quem não sabe do valor dos nossos
Sacramentos, por qual motivo os vai buscar? Ele achará que a ceia
protestante é a mesma coisa que a Sagrada Eucaristia.
Infelizmente, parece que induziram Sua Santidade a nomear para a
Doutrina da Igreja um bispo alemão, que é amigo de um dos fundadores
deste teologia amaldiçoada, no que seria mais uma vez o cumprimento
daquela palavra de Jesus a Judas: vai e faz depressa aquilo que
pretentes fazer. Ou seja: vocês pretendem levar a Igreja ao abismo - e
isso está previsto nas Escrituras - então façam logo, porque vosso tempo
se encurta, está delimitado e não falhará.
Quanto a nós, não nos estressemos com estas coisas, vamos apenas
às preciosas orações. Somente elas podem abrir os olhos das nossas
autoridades eclesiásticas, as que tentam se justificar dizendo que a
Igreja não quer quantidade, mas qualidade. Primeiro que DEUS quer TODOS,
sem excessão, e segundo que fiéis da qualidade podre desta teologia,
melhor não ter fiel algum. A Igreja não foi fundada para se meter em
política partidária, menos ainda para seguir sectários de satanás como
os comunistas.
Mas alerto a todos: esta gente vencerá, por um tempo, embora
irrisório. Podem ter certeza de que virão estragos maiores. Alias,
estrago mesmo está acontecendo entre nossos sacerdotes. Um horror... Ave
Maria, Ave Maria, Ave Maria.
Aarão
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