terça-feira, 10 de julho de 2012

FALSA IGREJA DA TERRA


Os amargos frutos da Teologia da Libertação: esvaziamento da Igreja Católica no Brasil

Luis Solimeo

“Católicos passam de 93,1% para 64,6% da população em 50 anos − Entre 1960 e 2010, o Brasil viu a parcela de sua população que se declara católica cair de 93,1% para 64,6%”. [1]

“Em uma década, católicos perdem mais espaço para os evangélicos. − Entre 2000 e 2010, fatia de católicos cai 12% no total da população brasileira; parcela dos evangélicos cresce 43% e de pessoas sem religião sobe 10%”. [2]

Notícias alarmantes, que, entretanto, parece não terem alarmado os Srs. Bispos do Brasil, como veremos.

Essa queda não é algo que aconteceu da noite para o dia, a ponto de pegar os Bispos brasileiros de surpresa; nem algo imprevisível, mas resultado de um processo longo, embora se tenha acelerado nas últimas décadas.

Detenhamo-nos um pouco na análise dos números, para depois investigar as causas desse declínio.

“A maior nação Católica do mundo”

O Brasil foi descoberto e colonizado por Portugal, uma nação católica. Os primeiros missionários foram os Padres Jesuítas ainda cheios do zelo inicial de sua fundação. O catolicismo marcou toda a vida do país, fazendo dele a maior nação Católica do mundo, não só em números absolutos, como também em termos percentuais, em relação às demais religiões.

O crescimento do protestantismo, do espiritismo, de religiões orientais ou afro-brasileiras, bem como do número de pessoas sem religião, foi lento no país até algumas décadas atrás. Em cem anos, segundo os dados do primeiro censo realizado no Brasil em 1872, até os dados do censo de 1970, verifica-se que a proporção de católicos variou apenas 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8% em 1970.[3] E ainda assim, segundo sugerem estudos acadêmicos, pelo menos parte desse aumento de não-católicos se deveu à imigração.[4]

A partir dessa última data (1970), o crescimento das demais religiões e a diminuição do numero de católicos acelerou-se de modo acentuado e o último censo que acaba de ser divulgado, correspondente a 2010, revela que a porcentagem dos católicos caiu para 64,6%. Portanto, nos últimos 40 anos, a Igreja teve uma perda de fiéis de quase 30% (precisamente, 27,2%).

Acresce a esse quadro que o número de católicos praticantes nesse mesmo período oscilou entre 5 e 10%.[5]

Ao mesmo tempo, o protestantes passaram de 6,6% em 1980 para 22,2%, sendo que o maior crescimento foi o do Pentecostalismo.

Embora se apresentem razões sociológicas para explicar tal mudança no quadro religioso do Brasil (migrações maciças da zona rural para as periferias urbanas e maior facilidade  nos últimos anos de formação de núcleos pestecostais para acolher os desenraizados), tais explicações são superficiais e não pegam o fundo do problema. Tanto mais quanto o aumento protestante pentecostal deu-se também nas zonas rurais do país: em termos percentuais, a maior concentração protestante se verificou em Rondônia (33,8%), um Estado do noroeste do país, típicamente rural.

Teologia da Libertação: simples coincidência? É bem evidente que as razões mais profundas que explicam a perda de fiéis pela Igreja Católica são de caráter religioso e devem ser procuradas na crise que abala a Igreja no Brasil (como por quase todo o mundo).

Não é simples coincidência que a aceleração da perda dos fiéis pela Igreja, na década de 1970, se tenha dado ao mesmo tempo em que se disseminavam entre o clero e o episcopado os princípios da Teologia da Libertação. Como essa “teologia” confunde a libertação espiritual com a libertação política, e o estabelecimento do “Reino de Deus” na terra com a implantação uma sociedade socialista e igualitária, os sermões nas igrejas, em sua maioria, assim como os temas das Campanhas da Fraternidade promovidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), referem-se mais a luta de classes e reformas político-sociais e econômicas do que ao Evangelho.

Tomemos um exemplo concreto.  O boletim da Conferência Episcopal assim descreve a Campanha da Fraternidade de 2010 :

“Lema: Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24)

Tema: Economia e Vida
Objetivo Geral:Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”.[6]

Como se vê, não se econtram referências à vida eterna, à salvação das almas, ao pecado,  Céu e Inferno. É um linguajar puramente político, de luta de classes, que espanta os fiéis desejosos de ouvir falar das verdades eternas. A referência a “uma sociedade sem exclusão” baseia-se no conceito marxista de que a riqueza dos ricos é constituída mediante a exclusão ou opressão dos pobres. (Sem querermos nos aprofundar, notemos de passagem o caráter “ecumênico” dessas campanhas, que colocam a Igreja Católica não como a única Igreja de Cristo, mas apenas como uma das “Igrejas Cristãs”, entre outras. Isso não facilita o proselitismo das seitas protestantes?).

O hino da Campanha dos Bispos para este ano tem a seguinte estrofe:

“Levem a todos meu chamado à liberdade (Cf. Gl 5,13)
Onde a ganância gera irmãos escravizados.
Quero a mensagem que humaniza a sociedade
Falada às claras, publicada nos telhados. (Cf. Mt 10,27).”[7]

Em suma, a Teologia da Libertação é um veículo religioso a serviço da revolução, conforme a apresentava o Pe. Gustavo Gutierrez, considerado o “pai” dessa corrente, em seu livro Teologia da Libertação, de 1971:

“O homem latino-americano … na luta revolucionária liberta-se de algum modo da tutela de uma religião alienante que tende à conservação da ordem.”[8]

Considerarando a Santa Igreja uma “religião alienante” (conceito marxista: “A religião é ópio do povo”, na frase de Marx), os teólogos da libertação e seus seguidores procuram construir uma igreja “desalienada”, que tende, não “à conservação da ordem” mas à sua subversão.

A consequência é que os fiéis, cansados dessa “religião desalienada”, revolucionária e materialista, centrada em questões econômicas e sociais, acaba muitas vezes apostatando  tragicamente, da única e verdadeira Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vão procurar alhures as palavras de conforto da religião e de guia para sua vida moral: “A quem iremos, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68).

Acordarão, por fim, os Senhores Bispos brasileiros e se darão conta de que a missão precípua da Igreja não é oferecer solução para os problemas econônicos e sociais, menos ainda procurar estabelecer uma sociedade igualitária, mas sim salvar as almas? Ou continuarão eles enfeitiçados pela miragem utópica da Teologia da Libertação?


OBS> É exatamente isso o que viemos dizendo nos últimos anos: a principal culpada pelo esvaziamento da Igreja e da fuga dos católicos para as seitas é esta maldita teologia comunista, com os narizes embicados para a terra. E porque olham apenas para a terra, afundam nela, e nela afundam a Igreja. Quando ela é feita para olhar para o Céu, e Deus a proverá de tudo. 

A questão é simples: o nosso povo tem sede de Deus! Quando ele vai a Igreja ele não segue a busca de soluções humanas, mas divinas. De problemas que os homens não conseguem resolver o povo está farto. Vai então em busca Daquele que pode lhe dar realmente VIDA em abundância, não de coisas que passam, mas daquelas que ficam para sempre. É como no Evangelho está escrito, e aqui se aplica: vão a Igreja pedir Pão do Céu, aquele ÚNICO PÃO que sacia plenamente, e lhe dão a serpente vermelha. E isso cumpre a profecia de Amós para nosso tempo. Há um povo sedento e faminto, não de água, nem de pão, mas da Palavra de Deus... Que não mais encontra! Somente óvos de serpente.

A Igreja deve dedicar-se exclusivamente à catequese, desde o ventre materno, até o cuidado com as almas, mesmo depois da morte. Por qual motivo os maus católicos fogem? Melhor perguntando, por qual motivo os católicos tornados maus por esta maligna teologia se afastam em busca de outros redis? Porque simplesmente desconhecem os tesouros preciosos que somente a nossa Igreja Católica tem. E quem não conhece alguma coisa como a pode amar? Quem não sabe do valor dos nossos Sacramentos, por qual motivo os vai buscar? Ele achará que a ceia protestante é a mesma coisa que a Sagrada Eucaristia.

Infelizmente, parece que induziram Sua Santidade a nomear para a Doutrina da Igreja um bispo alemão, que é amigo de um dos fundadores deste teologia amaldiçoada, no que seria mais uma vez o cumprimento daquela palavra de Jesus a Judas: vai e faz depressa aquilo que pretentes fazer. Ou seja: vocês pretendem levar a Igreja ao abismo - e isso está previsto nas Escrituras - então façam logo, porque vosso tempo se encurta, está delimitado e não falhará.

Quanto a nós, não nos estressemos com estas coisas, vamos apenas às preciosas orações. Somente elas podem abrir os olhos das nossas autoridades eclesiásticas, as que tentam se justificar dizendo que a Igreja não quer quantidade, mas qualidade. Primeiro que DEUS quer TODOS, sem excessão, e segundo que fiéis da qualidade podre desta teologia, melhor não ter fiel algum. A Igreja não foi fundada para se meter em política partidária, menos ainda para seguir sectários de satanás como os comunistas.

Mas alerto a todos: esta gente vencerá, por um tempo, embora irrisório. Podem ter certeza de que virão estragos maiores. Alias, estrago mesmo está acontecendo entre nossos sacerdotes. Um horror... Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria.






Aarão

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