1) “Considera agora qual deles é de maior valor: o pão
dos anjos ou a Carne de Cristo, que é o corpo da vida.
Aquele maná vem do céu; este está
acima do céu.
Aquele, do céu; este, do Senhor dos céus.
Aquele é corruptível, se guardado para o dia seguinte; este é totalmente imune de corrupção e quem o tomar piedosamente não poderá experimentar a corrupção.
Para aqueles brotou a água da pedra; para ti, o Sangue de Cristo.
Àqueles, por um momento, a água saciou; a ti o Sangue do Senhor refresca para sempre.
O povo antigo bebe e tem sede; tu, ao beberes, não podes mais sentir sede, pois, de fato, aquilo era sombra, enquanto isto é realidade“. (Santo Ambrósio, século IV).
Aquele, do céu; este, do Senhor dos céus.
Aquele é corruptível, se guardado para o dia seguinte; este é totalmente imune de corrupção e quem o tomar piedosamente não poderá experimentar a corrupção.
Para aqueles brotou a água da pedra; para ti, o Sangue de Cristo.
Àqueles, por um momento, a água saciou; a ti o Sangue do Senhor refresca para sempre.
O povo antigo bebe e tem sede; tu, ao beberes, não podes mais sentir sede, pois, de fato, aquilo era sombra, enquanto isto é realidade“. (Santo Ambrósio, século IV).
Eis, Amigos, a graça incomensurável dos
sacramentos da Igreja, instituídos pelo Cristo nosso Deus: Eles nos dão de modo
definitivo e real, nos gestos, palavras e símbolos do rito litúrgico, aquilo que
era prefigurado na história do antigo povo de Deus! Sem liturgia não há
cristianismo pleno e verdadeiro…
2) “Coisa admirável o ter Deus feito chover o maná para
sustentar com o alimento celeste os patriarcas. Por isso se disse: O homem comeu
o pão dos anjos. No entanto, aqueles que comeram deste pão,todos eles morreram
no deserto; o alimento, porém, que tu recebes, pão vivo que desceu do céu,
comunica a substância da vida eterna e quem quer que dele comer não morrerá
eternamente, pois é o corpo de Cristo.” (Santo Ambrósio, século
IV).
Como pode um cristão pensar em ser fiel à fé
da Igreja e das Escrituras negando uma convicção que provém dos primórdios da
Igreja de Cristo, da fé mesma de nossos pais? Pense
nisto!
3)Ӄ realmente a verdadeira carne de Cristo que foi
crucificada, sepultada; é verdadeiramente o sacramento desta carne. O próprio
Senhor Jesus declara: Isto é o meu corpo.
Antes da bênção das palavras celestes
era outra realidade; depois da consagração, entende-se o corpo.
Ele mesmo diz que é seu sangue.
Antes da consagração é outra coisa; depois da consagração, chama-se sangue.
E tu dizes: “Amém”; o que quer dizer: “É verdade”.
Confesse o nosso interior o que proclamam os lábios, sinta o afeto o que a palavra soa” (Santo Ambrósio de Milão, séc. IV).
Ele mesmo diz que é seu sangue.
Antes da consagração é outra coisa; depois da consagração, chama-se sangue.
E tu dizes: “Amém”; o que quer dizer: “É verdade”.
Confesse o nosso interior o que proclamam os lábios, sinta o afeto o que a palavra soa” (Santo Ambrósio de Milão, séc. IV).
4) ”Fixemos o olhar no sangue de Cristo e vejamos o
quanto ele é precioso junto a Deus, Seu Pai, porque, derramado pela nossa
salvação, levou a todo o mundo a graça do arrependimento” - São Clemente Romano – terceiro Sucessor de Pedro, séc.
I.
5) ”Sei que sois bem dispostos com fé indefectível e
credes plenamente no nosso Senhor. (Ele) por nós penetrado na carne por cravos –
nós somos fruto desta bendita e divina paixão! – para elevar, com a Sua
ressurreição, um estandarte pelos séculos e reunir no corpo uno da Sua Igreja o
Seus santos e os Seus crentes. Ele suportou todos estes sofrimentos por nós,
para que fôssemos salvos; e sofreu realmente, como realmente ressuscitou! Eu sei
e creio que mesmo depois da ressurreição, Jesus Cristo era na carne. E quando Se
aproximou daqueles que estavam ao redor de Pedro… tocaram-nO e, ao contato com a
Sua carne e o Seu espírito, creram! Por isso eles desprezaram a morte e
triunfaram sobre ela. Para associar-me à Sua paixão, eu suporto qualquer
coisa!” - Santo Inácio da Antioquia,
bispo do século I, morto devorado pelas feras por causa de Cristo
Jesus.
Note:
(1) O santo mártir quer deixar claro que
Jesus não é uma lenda: é real! Cremos a partir de fatos reais, de uma dolorosa
paixão muito concreta e de uma ressurreição muito real! Num mundo de tantos
mitos, cremos numa Realidade maravilhosa!
(2) Por terem visto e tocado de verdade
e na verdade, nossos primeiros irmãos não tiveram medo das privações e da morte:
por Cristo morto e ressuscitado enfrentaram todos os sofrimentos e triunfaram
com Ele!
6) “A água viva murmura dentro de mim e me diz: ‘Vem
para o Pai!’ Não mais me deleitam o alimento corruptível nem os prazeres desta
vida. Desejo o ‘pão de Deus’, aquele pão que é a Carne de Jesus Cristo, filho de
Davi; quero por bebida o Seu Sangue, que é o amor incorruptível!“ - Santo Inácio – Bispo de Antioquia, séc.
I.
Observe: (1) A água que murmura é o Espírito Santo, que
nos atrai a Cristo e, por Ele, ao Pai, nossa última saudade. (2) Quanto mais o
Espírito de Cristo age em nós, menos os “alimentos” deste mundo nos atraem, nos
satisfazem. (3) O verdadeiro alimento, que sacia, que enche de paz e sentido é o
Cristo, que teremos eternamente no Céu e, já agora, no sacramento do Seu Corpo
real e verdadeiro de filho de Davi, humano, e do Seu Sangue derramado e
entregue, sinal de um amor eterno e incorruptível, aquele amor pelo qual tanto
ansiamos!
Conclusão
Note, meu Amigo, como é belo ser
católico: guardamos a mesmíssima fé, professada sem
interrupção desde os primórdios: a nossa é a fé de Pedro e de Paulo, de Inácio
de Antioquia, de Policarpo de Esmirna, de Irineu de Lião, de Lourenço, de
Ambrósio, de Atanásio de Alexandria e de Agostinho de Hipona. É a fé que vem dos
Apóstolos e subsistirá, pela assistência do Santo Espírito, até o fim dos
tempos!
Dom Henrique Soares da
Costa
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