terça-feira, 1 de novembro de 2022

31ª Semana do Tempo Comum - O convite do Senhor.

 Evangelho do dia 05 de novembro terça feira 2019 | Swjohn's Blog

Primeira Leitura: Filipenses 2,5-11

Leitura da carta de São Paulo aos Filipenses – Irmãos, 5tende entre vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor” – para a glória de Deus Pai. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 21(22)

Ó Senhor, sois meu louvor em meio à grande assembleia!

1. Cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! / Vossos pobres vão comer e saciar-se, / e os que procuram o Senhor o louvarão: / “Seus corações tenham a vida para sempre!” – R.

2. Lembrem-se disso os confins de toda a terra, / para que voltem ao Senhor e se convertam, / e se prostrem, adorando, diante dele, / todos os povos e as famílias das nações. / Pois ao Senhor é que pertence a realeza; † ele domina sobre todas as nações. / Somente a ele adorarão os poderosos. – R.

3. Toda a minha descendência há de servi-lo; † às futuras gerações anunciará / o poder e a justiça do Senhor; / ao povo novo que há de vir, ela dirá: / “Eis a obra que o Senhor realizou!” – R.

Evangelho: Lucas 14,15-24

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde a mim, todos vós que estais cansados, / e descanso eu vos darei, diz o Senhor (Mt 11,28). – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 15um homem que estava à mesa disse a Jesus: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!” 16Jesus respondeu: “Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. 17Na hora do banquete, mandou seu empregado dizer aos convidados: ‘Vinde, pois tudo está pronto’. 18Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 19Um outro disse: ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço-te que aceites minhas desculpas’. 20Um terceiro disse: ‘Acabo de me casar e, por isso, não posso ir’. 21O empregado voltou e contou tudo ao patrão. Então o dono da casa ficou muito zangado e disse ao empregado: ‘Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos’. 22O empregado disse: ‘Senhor, o que tu mandaste fazer foi feito e ainda há lugar’. 23O patrão disse ao empregado: ‘Sai pelas estradas e atalhos e obriga as pessoas a virem aqui, para que minha casa fique cheia. 24Pois eu vos digo, nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete'”. – Palavra da salvação.

Reflexão

O Evangelho desta 3.ª-feira, por isso, nos apresenta três desculpas, todas tolas, todas insensatas, todas elas porém comuns e corriqueiras. Santo Agostinho, ao comentar essa passagem, associa cada uma delas àqueles três grandes vícios e desejos de que nos fala a Primeira Epístola de São João (cf. 1 Jo 2, 16): a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Há aqui, resumidos e compendiados, os laços com que o mundo nos enreda, as tentações com que nos hipnotiza. A primeira desculpa, "comprei um campo", Santo Agostinho a identifica com a soberba da vida. São aqui as riquezas deste mundo passageiro que afastam de Deus inúmeras almas: o "campo" as solicita, as preocupa, lhes rouba à existência um tempo precioso, que bem poderiam ter empregado em amar mais a bondade de Deus do que aos bens da terra.

Na segunda desculpa, "experimentar as cinco juntas de boi", Santo Agostinho vê a concupiscência dos olhos. Que são, afinal, aquelas "cinco juntas" senão os cinco sentidos com que Deus nos fez para que chegássemos ao conhecimento da verdade e servíssemos ao seu poder? Que é, pois, aquele desejo de "experimentar as juntas" senão uma profanação desses mesmos sentidos? Devêramos usá-los para o bem, para o fim a que se destinam; e no entanto os usamos com frivolidade, em busca de deleites e satisfações. Vamos, assim, de prazer em prazer, de desejo em desejo, nos tornando reféns da concupiscência da carne, do "casei-me, e por isso não posso ir". É a loucura de querer encontrar a felicidade no sexo e nos prazeres mais rudes. É a terceira desculpa, como que enfim dizemos a Deus: "prefiro minha esposa a ti, prefiro os meus desejos à tua vontade, prefiro a mim mesmo ao teu amor".

Jesus nos convida, sim, a fazer parte da sua Ceia. Mas, para isso, Ele pede que abandonemos a mentalidade do mundo. Se queremos, pois, participar do Banquete das Núpcias do Cordeiro, temos de dar a Deus um sim generoso, um sim exclusivo para Ele e um não, firme e decidido, para o mundo, para a concupiscência do olhos, para a concupiscência da carne, para a soberba da vida. Peçamos hoje ao Senhor a graça de responder com amor ao seu convite. Que nós, "pobres, aleijados, cegos e coxos", possamos nos sentar à sua Mesa na glória celeste e encher a Casa a que somos convidados.

 

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