Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – 1Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive que vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida em Cristo. 2Pude oferecer-vos somente leite, não alimento sólido, pois ainda não éreis capazes de tomá-lo. E nem atualmente sois capazes de receber alimento sólido, 3visto que ainda sois carnais. As rivalidades e rixas que existem aí, no meio de vós, acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de acordo com os impulsos naturais? 4Quando um declara: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu sou de Apolo”, não estais procedendo como pessoas simplesmente naturais? 5Pois o que é Apolo? O que é Paulo? Não passam de servidores, pelos quais chegastes à fé. E cada um deles exerce seu serviço segundo o dom recebido de Deus. 6Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é que fazia crescer. 7De modo que nem o que planta nem o que rega são, propriamente, importantes. Quem é importante é aquele que faz crescer: Deus. 8Aquele que planta e aquele que rega formam uma unidade, mas cada um receberá o seu próprio salário, proporcional ao seu trabalho. 9Com efeito, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus. – Palavra do Senhor.
Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
1. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, / e a nação que escolheu por sua herança! / Dos altos céus o Senhor olha e observa; / ele se inclina para olhar todos os homens. – R.
2. Ele contempla do lugar onde reside / e vê a todos os que habitam sobre a terra. / Ele formou o coração de cada um / e por todos os seus atos se interessa. – R.
3. No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! / Por isso o nosso coração se alegra nele, / seu santo nome é nossa única esperança. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
O Espírito do Senhor repousa sobre mim / e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males os levaram a Jesus. Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de que os deixasse. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa-nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia. – Palavra da salvação.
Reflexão
Jesus encontra-se em Cafarnaum, na casa de Simão. Ali se encontra também a sogra de Pedro, detida na cama por causa de uma febre. A cena é narrada pelo evangelista de forma bastante plástica, que chega à minúcia de dizer que, para curá-la, o Senhor fez questão de inclinar-se sobre o leito. Nesse pequeno gesto de Cristo vemos já como que simbolizados a sua missão e o propósito de sua Encarnação: rebaixar-se, assumindo a forma de servo, para vir em socorro às nossas necessidades. É curioso notar, além disso, que a febre de que estava acometida a sogra de Pedro é de algum modo personificada; ela é tratada como uma "pessoa" que, uma vez repreendida pelo Filho do Homem, obedece sem demora às suas ordens.
Outro detalhe importante que o Evangelho de hoje nos narra é a prontidão com que aquela mulher, depois de curada, levanta-se imediatamente e começa a servir a Cristo e a quantos estavam na casa. Podemos ver representado aqui, de maneira bem concreta, o efeito da obra de libertação e redenção operada pelo Senhor: Ele, com efeito, veio libertar-nos de mãos inimigas, a fim de O servirmos "em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida" (Lc 1, 74). Saídas da boca de Zacarias, estas últimas palavras compendiam o núcleo da ação salvífica que Deus quis realizar em nosso favor mediante a Encarnação de seu Filho. Do mesmo modo que Deus determinou libertar o povo hebreu do jugo egípcio, para que no deserto Lhe fossem oferecidos sacrifícios e louvores, assim também nos libertou por seu Filho da escravidão do pecado, para que agora O sirvamos como criaturas novas, fazendo frutificar os dons com que fomos adornados e enriquecidos. A exemplo, pois, da sogra de Simão, abramo-nos à graça do Senhor e, com generosidade, a empreguemos imediatamente, sem demora, para servir a Deus em todos os nossos irmãos.
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