quinta-feira, 25 de agosto de 2022

21ª Semana do Tempo Comum - O alimento diário da alma.

Vigiai, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.» – Homilia  atribuída a São Macário (?-390), monge do Egipto – Diocese de Blumenau

Primeira Leitura (1Cor 1,1-9)

Início da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.

1Paulo, chamado a ser apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, 2à Igreja de Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos junto com todos que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. 3Para vós, graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

4Dou graças a Deus sempre a vosso respeito, por causa da graça que Deus vos concedeu em Cristo Jesus: 5Nele fostes enriquecidos em tudo, em toda palavra e em todo conhecimento, 6à medida que o testemunho sobre Cristo se confirmou entre vós. 7Assim, não tendes falta de nenhum dom, vós que aguardais a revelação do Senhor nosso, Jesus Cristo. 8É ele também que vos dará perseverança em vosso procedimento irrepreensível, até o fim, até o dia de nosso Senhor Jesus Cristo. 9Deus é fiel; por ele fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso.

- Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial (Sl 144)

Bendirei o vosso nome, pelos séculos, Senhor!

Bendirei o vosso nome, pelos séculos, Senhor!

Todos os dias haverei de bendizer-vos,/ hei de louvar o vosso nome para sempre./ Grande é o Senhor e muito digno de louvores,/ e ninguém pode medir sua grandeza.

Uma idade conta à outra vossas obras/ e publica os vossos feitos poderosos;/ proclamam todos o esplendor de vossa glória/ e divulgam vossas obras portentosas!

Narram todos vossas obras poderosas,/ e de vossa imensidade todos falam./ Eles recordam vosso amor tão grandioso/ e exaltam, ó Senhor, vossa justiça.

 Evangelho (Mt 24,42-51)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 42“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor! 43Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada.

44Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá. 45Qual é o empregado fiel e prudente, que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? 46Feliz o empregado, cujo senhor o encontrar agindo assim, quando voltar.

47Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. 48Mas, se o empregado mau pensar: ‘Meu senhor está demorando’, 49e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados; 50então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera, e na hora que ele não sabe. 51Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

 Reflexão
O Evangelho de hoje fala-nos dos servos encarregados pelo senhor de distribuir aos funcionários de sua casa a ração diária, isto é, a porção de alimento que a cada um corresponde. Trata-se de uma alusão ao tempo em que vivemos, o tempo da Igreja, ao longo do qual, enquanto aguardamos a vinda gloriosa de Cristo, só podemos perseverar na fé e na caridade se tivermos dia após dia o que comer, ou seja, o pão quotidiano de que nos fala o Pai-nosso: “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje”. Ora, esse pão diário, como o nome mesmo já indica, é uma ração, uma medida, um “maná” adequado às necessidades próprias de cada cristão que o Senhor faz descer do céu, a fim de nos alimentar durante a travessia do deserto deste mundo rumo à terra prometida, ao Reino que pela cruz nos foi aberto. Mas esse pão diário é, ao mesmo tempo, o pão da Palavra, ouvida atentamente em toda Santa Missa e meditada com carinho nos momentos de oração, e o pão da Eucaristia, na qual Jesus mesmo, com seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, se faz presente como nutrimento espiritual, viático para o caminho e penhor de vida eterna. Trata-se, em resumo, do pão da graça, da qual foram instituídos na Igreja verdadeiros ministros ordenados, aos quais foi confiada, como aos servos da parábola de hoje, a missão de alimentar os funcionários da casa, ou seja, os demais membros do Corpo de Cristo, mediante os sacramentos, a pregação do Evangelho e o ensinamento fiel da doutrina cristã. É pela santificação destes ministros, chamados a ser sacerdotes segundo o coração de Deus, que devemos rezar muito nestes tempos, em que nunca foram tão necessários ao clero os sacrifícios e as penitências de leigos realmente comprometidos com uma vida cristã séria e autêntica. — Dai-nos, Senhor, santos sacerdotes, fiéis administradores dos vossos bens!
 
 

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