Leitura do livro do profeta Jeremias – 1Palavra dirigida a Jeremias, da parte do Senhor: 2“Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali te farei ouvir minhas palavras”. 3Fui à casa do oleiro, e eis que ele estava trabalhando ao torno; 4quando o vaso que moldava com barro se avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer com esse material um outro vaso, conforme melhor lhe parecesse aos olhos. 5Fez-se em mim a palavra do Senhor: 6“Acaso não posso fazer convosco como este oleiro, casa de Israel? – diz o Senhor. Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de Israel”. – Palavra do Senhor.
Feliz quem se apoia no Deus de Jacó!
1. Bendize, minha alma, ao Senhor! † Bendirei ao Senhor toda a vida, / cantarei ao meu Deus sem cessar! – R.
2. Não ponhais vossa fé nos que mandam, / não há homem que possa salvar. / Ao faltar-lhe o respiro, ele volta † para a terra de onde saiu; / nesse dia seus planos perecem. – R.
3. É feliz todo homem que busca † seu auxílio no Deus de Jacó / e que põe no Senhor a esperança. / O Senhor fez o céu e a terra, / fez o mar e o que neles existe. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Abre-nos, ó Senhor, o coração, / para ouvirmos a Palavra de Jesus! (At 16,14) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47“O Reino dos céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes. 51Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da Lei que se torna discípulo do Reino dos céus é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali. – Palavra da salvação.
Reflexão
Com o Evangelho de hoje, damos por encerrada a leitura do sermão das parábolas do Reino (cf. Mt 13, 1-52). Jesus, que começara seu discurso falando em público às multidões, termina-o na intimidade dirigindo-se aos discípulos, como "um pai de família que tira de seu tesouro coisas novas e velhas" (Mt 13, 52). É interessante notar que, ao longo deste sermão, Cristo apresenta, ora sob a forma da parábola do joio e do trigo (cf. Mt 13, 24-30), ora sob a semelhança da rede jogada ao mar (cf. Mt 13, 47-50), um "compêndio" da história do mundo: naquela, aprendemos que entre os cristãos de verdade, representados pelo trigo, há também hereges e falsos fiéis, simbolizados pelo joio; nesta, o Senhor nos revela que, mesmo entre os que crêem verdadeiramente, existem bons e maus católicos, apanhados pela barca da Igreja, à semelhança de peixes bons e imprestáveis que dividem uma única rede.
O que Ele nos conta hoje no Evangelho, portanto, deve repercutir em nossa alma como uma urgente admoestação, como um chamado a que nos demos conta de que, ainda que professemos a reta fé, corremos o risco de ser arrojados na fornalha do Inferno como peixes podres e sem utilidade. Por isso, temos de ir além da fé e esforçar-nos por ser bons peixes, ou seja, por amar ardentemente e crescer na caridade de Cristo. Como os discípulos do Senhor, ponhamo-nos ao redor dEle na privacidade da oração e, abrindo-Lhe de par em par o nosso coração, manifestemos-Lhe nossas misérias e supliquemos-Lhe que nos ajude a corresponder devidamente à sua graça, a fim de preservarmos até o fim e sermos recolhidos nos cestos da eterna bem-aventurança. — Santa Maria, auxílio dos cristãos, dai-nos humildade e acudi-nos na hora da morte!
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