Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
11 29 Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis.
30 Assim como vós antes fostes desobedientes a Deus, e agora obtivestes misericórdia com a desobediência deles,
31 assim eles são incrédulos agora, em conseqüência da
misericórdia feita a vós, para que eles também mais tarde alcancem, por
sua vez, a misericórdia.
32 Deus encerrou a todos esses homens na desobediência para usar com todos de misericórdia.
33 Ó abismo de riqueza, de sabedoria e de ciência em Deus! Quão impenetráveis são os seus juízos e inexploráveis os seus caminhos!
34 Quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi o seu conselheiro?
35 Quem lhe deu primeiro, para que lhe seja retribuído?
36 Dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele a glória por toda a eternidade! Amém.
Palavra do Senhor.
Respondei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!
Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando, eu louvarei o vosso nome
e, agradecido, exultarei de alegria!
Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá
se procurardes o Senhor continuamente!
Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres
e não despreza o clamor de seus cativos.
Sim, Deus virá e salvará Jerusalém,
reconstruindo as cidades de Judá,
onde os pobres morarão, sendo seus donos.
A descendência de seus servos há de herdá-las,
e os que amam o santo nome do Senhor
dentro delas fixarão sua morada
Aleluia, aleluia, aleluia.
Se guardais minha palavra, diz Jesus, realmente vós sereis os meus discípulos (Jo 8,31s).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 12 Jesus dizia ao chefe dos fariseus que o tinha
convidado: “Quando deres alguma ceia, não convides os teus amigos, nem
teus irmãos, nem os parentes, nem os vizinhos ricos. Porque, por sua
vez, eles te convidarão e assim te retribuirão.
13 Mas, quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos.
14 Serás feliz porque eles não têm com que te retribuir, mas ser-te-á retribuído na ressurreição dos justos”.
Palavra da Salvação.
Reflexão
O Evangelho de hoje, em que S. Lucas nos apresenta o Senhor como convidado a um banquete na casa do chefe dos fariseus, contém um importante ensinamento sobre a vida futura e o modo com que nos devemos portar neste mundo em ordem à salvação eterna. O fato mesmo de Jesus encontrar-se numa ceia remete-nos, intuitivamente, ao banquete nupcial do Cordeiro, do qual hão de participar os que forem salvos. No entanto, para sermos admitidos entre os convivas do festim celeste é preciso, já neste mundo, que imitemos a Nosso Senhor. É ele quem o diz, ao exortar-nos a fazer o que ele próprio veio fazer na terra: “Quando deres uma festa”, diz ao chefe dos fariseus, “convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos”.
Fazendo-se homem como nós em tudo, exceto no pecado, o Filho de Deus dirige o seu convite a todos nós, pobres quanto à graça e ao mérito, aleijados quanto às boas obras, coxos quanto à perseverança no bem, cegos, enfim, quanto à verdade e à sã doutrina. Assim também nós, que temos por modelo a seguir o Filho de Deus encarnado, necessitamos reproduzir em nosso coração os seus sentimentos — isto é, o seu modo de ver e pensar — e em tudo seguir os seus passos. É por isso que o nosso amor deve ser desinteressado e apostólico, à semelhança do amor de Cristo. Assim como ele veio ao nosso encontro chamar-nos ao banquete eterno, assim também nós temos de amar os nossos irmãos, pobres como nós, aleijados como nós, coxos como nós, cegos como nós, necessitados de misericórdia como nós. Imploremos hoje a graça de termos na alma semelhante caridade, a fim de podermos todos escutar no céu os anjos a cantar-nos: “Felizes os convidados para a ceia do Senhor”!
https://padrepauloricardo.org
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