Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
9 1 Digo a verdade em Jesus Cristo, não minto; a minha consciência me dá testemunho pelo Espírito Santo:
2 sinto grande pesar, incessante amargura no coração.
3 Porque eu mesmo desejaria ser reprovado, separado de
Cristo, por amor de meus irmãos, que são do mesmo sangue que eu, segundo
a carne.
4 Eles são os israelitas; a eles foram dadas a adoção, a glória, as alianças, a lei, o culto, as promessas
5 e os patriarcas; deles descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre. Amém.
Palavra do Senhor.
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Glorifica o Senhor, Jerusalém!
Ó Sião, canta louvores ao teu Deus!
Pois reforçou com segurança as tuas portas,
e os teus filhos em teu seio abençoou.
A paz em teus limites garantiu
e te dá como alimento a flor do trigo.
Ele envia suas ordens para a terra,
e a palavra que ele diz corre veloz.
Anuncia a Jacó sua palavra,
seus preceitos e suas leis de Israel.
Nenhum povo recebeu tanto carinho,
a nenhum outro revelou os seus preceitos.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minhas ovelhas escutam minha voz, eu as conheço e elas me seguem (Jo 10,27).
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
14 1 Jesus entrou num sábado em casa de um fariseu notável, para uma refeição; eles o observavam.
2 Havia ali um homem hidrópico.
3 Jesus dirigiu-se aos doutores da lei e aos fariseus: “É permitido ou não fazer curas no dia de sábado?”
4 Eles nada disseram. Então Jesus, tomando o homem pela mão, curou-o e despediu-o.
5 Depois, dirigindo-se a eles, disse: “Qual de vós que, se
lhe cair o jumento ou o boi num poço, não o tira imediatamente, mesmo em
dia de sábado?”
6 A isto nada lhe podiam replicar.
Palavra da Salvação.
Reflexão
No Evangelho de hoje, dois olhares se cruzam e observam, e dois se silêncios se acusam mutuamente. Um olhar é dos fariseus, o outro é de Cristo. O silêncio dos primeiros, observando com malícia, condena a Cristo como transgressor do sábado; o silêncio de Cristo, observando com bondade, os condena como transgressores do amor ao próximo. Jesus, conta-nos o evangelista, foi jantar em dia de sábado à casa de um dos chefes dos fariseus, e havia entre os convivas um que era hidrópico, diante do qual se sentara o Senhor. “E eles”, isto é, os outros fariseus, “o observavam” reticentes, para ver se cometeria o Mestre o crime de que já o acusavam em seu coração. Mas Jesus também os observa, e se o seu silêncio já era o bastante para os condenar, a sua palavra, cheia de terna dureza, seria suficiente para os converter, se não fossem inchados de coração: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo, mesmo em dia de sábado?” Isto é, se vós tomais pressa em tirar do poço, mesmo em dia de sábado, um dos vossos animais, com quanto maior razão não posso Eu curar a um homem, que vale mais do que qualquer cabeça de gado?
O que vós fazeis, pensando não transgredir a Lei, é obra de avareza; mas o que Eu faço, cumprindo a mesma Lei em plenitude, é obra de amor. Com que autoridade, pois, me podeis arguir de transgredir o sábado com uma obra de amor, vós, que o transgredis com obras de avareza e interesse próprio [1]? “E eles”, conclui o evangelista, “não foram capazes de responder a isso”, convencidos da verdade da acusação, mas incapazes de abrir-se de coração Àquele que é a Verdade. Que não seja esse também o nosso caso nem tragamos dentro do peito uma alma hidrópica ou empedernida.
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