sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Liturgia Diária - O fermento dos fariseus.

  24/07 - Evangelho do Dia: Mt 12,46-50 - Rádio Rainha da Paz
Leitura (Romanos 4,1-8)

Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
4 1 Que vantagem diremos, pois, que conseguiu Abraão, nosso pai segundo a carne?
2 Porque, se Abraão foi justificado em virtude de sua observância, tem que se gloriar; mas não diante de Deus.
3 Ora, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus e isso lhe foi imputado em conta de justiça.
4 Ora, o salário não é gratificação, mas uma dívida ao trabalhador.
5 Mas aquele que sem obra alguma crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada em conta de justiça.
6 É assim que Davi proclama bem-aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independentemente das obras:
7 Bem-aventurados aqueles cujas iniqüidades foram perdoadas e cujos pecados foram cobertos!
8 Bem-aventurado o homem ao qual o Senhor não imputou o seu pecado.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 31/32

Vós sois para mim proteção e refúgio,
eu canto bem alto a vossa salvação.
 

Feliz o homem que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado
e em cuja alma não há falsidade!

Eu confessei, afinal, meu pecado
e minha falta vos fiz conhecer.
Disse: “Eu irei confessar meu pecado!”
E perdoastes, Senhor, minha falta.

Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!
Corações retos, cantai jubilosos!

Evangelho (Lucas 12,1-7)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos! (Sl 32,22)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Naquele tempo, 12 1 os homens se tinham reunido aos milhares em torno de Jesus, de modo que se atropelavam uns aos outros. Jesus começou a dizer a seus discípulos: “Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.
2 Porque não há nada oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não venha a ser conhecido.
3 Pois o que dissestes às escuras será dito à luz; e o que falastes ao ouvido, nos quartos, será publicado de cima dos telhados.
4 Digo-vos a vós, meus amigos: não tenhais medo daqueles que matam o corpo e depois disto nada mais podem fazer.
5 Mostrar-vos-ei a quem deveis temer: temei àquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim, eu vo-lo digo: temei a este.
6 Não se vendem cinco pardais por dois asses? E, entretanto, nem um só deles passa despercebido diante de Deus.
7 Até os cabelos da vossa cabeça estão todos contados. Não temais, pois. Mais valor tendes vós do que numerosos pardais”.
Palavra da Salvação.

 Reflexão

Jesus traz hoje a público a polêmica que entre Ele e os fariseus começou há poucos dias, quando fora convidado para jantar a casa de um deles. E trá-la a público porque nos quer libertar da dinâmica, isto é, do fermento dos fariseus. Este fermento não é senão a hipocrisia, cuja força sedutora é capaz de fazer-nos descurar do nosso interior, da nossa sinceridade para com Deus, e leva-nos a desejar glórias exteriores, superficiais. Esta tendência desordenada a querermos "sair bem na foto" lança raízes numa vocação mais profunda, mais fundamental, que é glória do Céu. Nossa alma foi feita para triunfar com Cristo na glória celeste; devido porém à herança do pecado, acabamos enredados nas vanglórias que esta vida passageira nos pode oferecer.

No Evangelho de hoje, Jesus nos manda buscar antes de tudo a glória e o elogio de Deus, sem nos preocuparmos se somos ou não agradáveis aos homens: afinal, diz-nos Jesus: "Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros, e não buscais a glória que é só de Deus?" (Jo 5, 44). Nosso Senhor também nos adverte que de nada nos servirá a hipocrisia e a falsidade, pois tudo quanto houvermos dito ou feito, por mais em segredo que o tenhamos realizado, "será ouvido à luz do dia", "será proclamado sobre os telhados." Quer queiramos, quer não, no dia do Juízo Deus há de desmascarar-nos, lançará por terra os disfarces de que nos houvermos vestido. Enquanto o Coração bondoso e amoroso de Cristo nos pede que temamos este dia tão terrível, em que a nossa dissimulação nos poderá levar para o Inferno, o demônio, que deseja arrastar a humanidade para o poço em que ele mesmo se enfiou, quer que tenhamos medo do que dirão ou pensarão a nosso respeito.

O Evangelho desta 6.ª-feira também nos exorta a preferirmos às bajulações e às glórias mundanas o "martírio social", o "martírio da calúnia", o sacrifício da própria boa fama por amor à verdade e à Igreja. Temos de nos preocupar, pois, em agradar a Deus, e não aos homens; temos de servir à Igreja e ao Evangelho, e não às solicitações e pressões de um mundo que jaz no Maligno, que se opõe a Jesus Cristo, que resiste à libertação do pecado que o Redentor nos veio trazer. Que Deus, que cuida das aves do céu e tem contado cada fio de cabelo nosso, nos ajude com sua santa graça a viver pela fé e por amor não ao nosso, mas ao seu santo nome, bendito por todos os século dos séculos. Amém.

 

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