“Nós, porém, segundo sua promessa, esperamos novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça”. 2 Pd 3,13
O ensinamento da Igreja diz que não; diz
que ele será “transformado”. Haverá “céus novos e da terra nova” (2 Pd
3,13; Ap 21,1). O nosso Catecismo diz que “no fim dos tempos, o Reino de
Deus chegará à sua plenitude. Então, os justos reinarão com Cristo para
sempre, glorificados em corpo e alma, e o próprio universo material
será transformado (§ 1042; §1060). Então, o universo não vai “sumir”,
mas passará por uma renovação que não sabemos como será.
Jesus não fala em fim do mundo como se ele fosse desaparecer; mas fala em “renovação” do mundo:
“Em verdade vos declaro: no
dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no
trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze
tronos para julgar as doze tribos de Israel”. Mt 19, 28
O Catecismo reafirma que chegará o tempo
da “restauração de todas as coisas, e com o gênero humano também o
mundo todo”, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele atinge
sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo” (cf.
CIC, §1042)
“Também o universo visível está
destinado a ser transformado, “a fim de que o próprio mundo, restaurado
em seu primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos
justos” (Santo Irineu, Adv. Haer. 5,32,1), participando de sua
glorificação em Cristo ressuscitado. (§ 1047).
Sabemos que o pecado do homem feriu
também a criação material que saiu ilesa das mãos de Deus. São Paulo diz
que ela sofre por causa do pecado. “Quanto ao cosmos – diz o
Catecismo – a Revelação afirma a profunda comunidade de destino do mundo
material e do homem: pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as
dores de parto até o presente. (Rm 8,19-23)” (CIC, § 1046).
Não era para a terra produzir espinhos e
abrolhos, e nem o homem deveria tirar dela o pão de cada dia com o suor
do seu rosto. Isso é fruto do pecado; mas Deus restituirá à Criação o
seu estado original. Como será isso?
Não sabemos, não temos capacidade
intelectual para compreender tão grande e misteriosa transformação; por
isso não adiantaria nada Deus nos revelar mais do que revelou.
Esta renovação do mundo, que há de
transformar a humanidade e renovar o mundo, e que a Sagrada Escritura a
chama de “céus novos e terra nova” para nós é misteriosa (2Pd 3,13),
supera nosso entendimento.
“Ignoramos o tempo da
consumação da terra e da humanidade e desconhecemos a maneira de
transformação do universo. Passa certamente a figura deste mundo
deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma nova morada e
nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá satisfazer e
superar todos os desejos de paz que sobem aos corações dos homens” (CIC,
§1048)
Prof. Felipe Aquino
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