sábado, 25 de junho de 2011

A FORÇA DA ACOLHIDA.

Como faz bem quando damos espaço, em nossas vidas, para acolher e integrar as pessoas no âmbito de nossa convivência! Significa expressão concreta de hospitalidade e de acolhida no contexto do diálogo e da partilha de dons próprios de vida.

Valorizar e acolher são gestos significativos de fraternidade e de nobreza humana dentro do contexto da dimensão própria da vivência cristã. Significa reconhecer o outro, levando em conta o valor da pessoa imbuída de dons comunitários.
Acolher é fruto de despojamento, de despir-se de todo egoísmo e roupagem individualista. A sociabilidade acontece no dialogo e no valor que damos aos que nos cercam, fazendo do outro um “outro eu”. É como fazer uma boa obra para o irmão.

A fraternidade é acompanhada pala alegria e pela bondade gratuita. Aí experimentamos a verdadeira generosidade que vem do nosso coração. Não é gesto de teoria, de princípios racionais, mas de sensibilidade do coração.

O bem que fazemos não deve vir de atitudes de grandeza individualista, mas da simplicidade e do brilho da verdade. É insensatez agir apenas com sensacionalismo e organizações poderosas que estragam as pessoas.

A força da acolhida está em extirpar da vida tudo que for inspirado e apoiado em vil egoísmo, vontade de poder e opressão dos semelhantes. Dentro de um mundo marcadamente egoísta não é fácil ter atitudes sinceras de acolhida.

Na verdade, temos que aprender a usar a nossa liberdade para viver bem em relação às demais pessoas. É preciso saber reagir contra os conceitos que marcam a sociedade e nos levam a ser insensíveis com os outros.

Não é fácil acolher as pessoas de pouca importância social e usar de hospitalidade para com elas. Mas é ato nobre na vida de quem o faz. Até os atos mais simples com elas são extremamente valiosos.

Há o perigo do “ter brilho” na sociedade, dando valor somente às pessoas graúdas e não levar em conta uma criança e uma pessoa mais simples. Acontece que a verdade sai da boca das pessoas mais pequeninas.


Por:
Dom Paulo Mendes Peixoto


Fonte: CNBB

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