sábado, 25 de setembro de 2010

USAR ANTICONCEPCIONAL OU NÃO ?

A mulherada da Igreja até sente arrepios quando se fala em anticoncepcional, pelo próprio nome, que traduz sua função mais conhecida: inibir a concepção, a fecundação, a geração de uma nova vida. Porém, as meninas precisam encarar que, em alguns casos, ele é necessário como repositor ou controlador hormonal. Nem sempre nosso sistema reprodutor funciona direitinho, e é importante dar uma "calibrada" nos órgãos. A pílula anticoncepcional pode ser uma boa aliada para que seu organismo equilibre a quantidade de hormônios que você precisa e iniba a formação de cistos.
Já ouviram falar em ovário multipolicístico, policístico,
micropolicístico? Então, essa é uma alteração que precisa ser tratada, para não gerar mais complicações e uma das alternativas mais acessíveis para o tratamento é a utilização de pílula anticoncepcional por um determinado período. Ela atuará como um remédio, meninas! Sabe quando você está com muita febre e precisa de um antitérmico? Muitas vezes, os seus hormônios estão desregulados, e como qualquer tratamento, a ingestão de anticoncepcional terá início e fim. Não é algo para toda a vida.
Outra coisa bem diferente é usar o anticoncepcional como forma de evitar a gravidez, e a Igreja é sábia em orientar que isso é um erro grave, uma vez que o ato sexual deve sempre estar aberto à fecundação. Para o
planejamento familiar, há o método Billings, já comprovado cientificamente como válido, se utilizado corretamente. É preciso, portanto, tomar cuidado e não confundir essa norma da Igreja com a necessidade de um tratamento!
Muitas mulheres, por desinformação, deixam de lado os cuidados com o seu aparelho reprodutor e não utilizam o anticoncepcional, receitado pelo ginecologista para controle hormonal, com receio de estarem em pecado. Ou com medo de alguém ver a cartelinha de anticoncepcional na bolsa, em casa, e ficar julgando seu comportamento, e ignoram essa necessidade de tratamento.
Perceba o risco: essa síndrome que citei, por exemplo, se não tratada, pode ter diversas consequências negativas para o organismo, como disfunções na produção de insulina, aumento de colesterol ou surgimento de diabetes. Aumenta-se o risco de câncer de endométrio e também podem surgir problemas psicológicos (sem falar nos pelinhos em excesso pelo corpo e o descontrole de peso) que a síndrome pode causar.

Nosso corpo é templo do Espírito Santo, e temos o dever de zelar por ele. Portanto, procure um médico sempre que necessário, tenha uma alimentação saudável e pratique esportes. E sem "neuras", se, por um tempo, tiver de se submeter a um tratamento que vai melhorar sua saúde. Converse com suas amigas a respeito e se alguém olhá-la torto, porque você está se medicando, será uma boa oportunidade de você “abrir a cabeça” dessa pessoa para uma importante questão de saúde pela qual, de repente, ela mesma pode estar passando.
Afinal, é superimportante estar com o seu sistema reprodutor bem curado e funcionando direitinho para, em um momento oportuno, Deus lhe conceder a graça de conceber um filho, não acha?

Mariella Silva de Oliveira
Mariella é jornalista, professora universitária e consultora no Ministério da Saúde. Atuante na Renovação Carismática Católica há 12 anos, 10 deles no Ministério Universidades Renovadas.

Nenhum comentário: