quinta-feira, 9 de setembro de 2010

AMOR E PERDÃO


A incapacidade para perdoar e amar é fonte de incompreensões e tristeza.

As duas palavras do título, amor e perdão, estão envolvidas com o termo “misericórdia”, que ultrapassa os limites dos seres humanos. Quem ama consegue perdoar e mudar nas suas atitudes de vida, na forma de acolher e conviver com as pessoas de sua relação.Não é fácil uma história marcada por incompreensões, gestos de escravidão, sem liberdade e vazio de solidariedade. Só o amor e o perdão serão capazes de criar formas novas e saudáveis na convivência, dando sentido e perspectivas de esperança para uma comunidade.O termo “conversão” ocasiona um coração novo e recria valores capazes para superar todo tipo de egoísmo e de fechamento individualista.
Não consegue viver bem quem não enxerga os comportamentos misericordiosos de perdão e as virtudes de vida e amor nos outros.Estar em comunhão com as pessoas é um fato louvável de superação dos limites da própria individualidade. Apesar do nosso próprio jeito de ser, somos seres sociais e abertos para relacionamentos fraternos para ajudar na convivência.A incapacidade para perdoar e amar é fonte de incompreensões e tristeza. Isto revela mesquinhez do amor humano e um coração totalmente abafado pelo egoísmo e fechado para a ação do Espírito misericordioso. É total prática insensibilidade para com a graça de Deus.Corremos o risco da busca de uma falsa felicidade, caindo no vazio e na perda de dignidade. É idolatrar coisas falsas, bens de consumo e desprezar o que é mais fundamental e gerador de verdadeira felicidade, que passa pelo perdão e pelo amor.
Nem sempre merecemos o perdão de Deus, mas experimentamos a sua bondade quando temos um coração arrependido e aberto para Ele e para o irmão. Longe de Deus não existe verdadeira alegria, porque isto significa estar longe de nós mesmos.Na visão cristã, o amor é mais forte do que a morte. Por isto falamos da festa do perdão e da misericórdia, termos pouco levados em conta pela nova cultura. Só assim podemos partilhar uma mesma esperança de dias melhores e menos violentos.


Por Dom Paulo Mendes Peixoto


Fonte: CNBB

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