segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Memória - Santos Anjos da Guarda - A grandeza dos humildes.

 


Anjos todos do Senhor, bendizei o Senhor; cantai a sua glória, louvai-o eternamente (Dn 3,58).

No século 17 celebrava-se, na Espanha e na França, a memória dos Anjos da Guarda, que o papa Clemente 10º estabeleceu para toda a Igreja, fixando-a no dia 2 de outubro. Esta data foi confirmada definitivamente pelo papa São Pio 10º. Na história da salvação, Deus confia aos anjos o encargo de proteger os patriarcas, seus servidores e todo o povo eleito, conforme exprime o Salmo 90, próprio desta liturgia. Confiemos aos cuidados dos anjos da guarda todas as pessoas, principalmente as crianças.

Primeira Leitura: Êxodo 23,20-23

Leitura do livro do Êxodo – Assim diz o Senhor: 20“Vou enviar um anjo que vá à tua frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. 21Respeita-o e ouve a sua voz. Não lhe sejas rebelde, porque não suportará as vossas transgressões, e nele está o meu nome. 22Se ouvires a sua voz e fizeres tudo o que eu disser, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários. 23O meu anjo irá à tua frente e te conduzirá à terra dos amorreus, dos hititas, dos ferezeus, dos cananeus, dos eveus e dos jebuseus, e eu os exterminarei”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 90(91)

O Senhor deu uma ordem aos seus anjos / para em todos os caminhos te guardarem.

1. Quem habita ao abrigo do Altíssimo / e vive à sombra do Senhor onipotente / diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, / sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”. – R.

2. Do caçador e do seu laço ele te livra. / Ele te salva da palavra que destrói. / Com suas asas haverá de proteger-te, / com seu escudo e suas armas, defender-te. – R.

3. Não temerás terror algum durante a noite / nem a flecha disparada em pleno dia; / nem a peste que caminha pelo escuro / nem a desgraça que devasta ao meio-dia. – R.

4. Nenhum mal há de chegar perto de ti, / nem a desgraça baterá à tua porta; / pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos / para em todos os caminhos te guardarem. – R.

Evangelho: Mateus 18,1-5.10

Aleluia, aleluia, aleluia.

Bendizei ao Senhor Deus, os seus poderes, / seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquela hora, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe. 10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”. – Palavra da salvação.

Reflexão
No Evangelho que a Igreja hoje proclama, os discípulos perguntam a Cristo quem é o maior no Reino dos Céus. E a resposta é simples e clara: é o pobre e pequenino o maior aos olhos de Deus. Mas como entre as criaturas não há ninguém ao mesmo tempo mais perfeito e humilde do que a Virgem Maria, ela é, com justiça, não só o maior dos fiéis, mas ainda a Rainha do céu e da terra. Por ter-se humilhado e diminuído, submetendo-se com total obediência à vontade divina, ela mereceu ser exaltada (cf. Mt 23, 12) e posta sobre um sólio de maternal poder, donde rege e governa a herança conquistada pelo Sangue de seu Filho. À semelhança de nossa Mãe SS., também nós, quanto mais nos sujeitarmos sem murmúrios ao que é do agrado do Senhor, mais cresceremos aos seus olhos, ou seja, mais santos e conformes à imagem de Cristo seremos. Pois não há outro caminho para cima, isto é, para a glória do Céu, senão o rebaixar-se: por um lado, reconhecendo o pó miserável que somos e que havemos de tornar-nos depois da morte (cf. Gn 3, 19); por outro, meditando com frequência na humildade de Jesus, que, embora seja Deus, se despiu da própria glória e majestade e, por amor a nós, "foi castigado por nossos crimes e esmagado por nossas iniqüidades" (Is 53, 5). Foi por causa do rebaixamento dEle, com efeito, que temos agora a paz com Deus e acesso à graça (cf. Rm 5, 1s). Por isso, humilhemo-nos também nós, confiantes no auxílio da Virgem Maria, cuja liberalidade há de conceder-nos todos os auxílios necessários para imitarmos com perfeição o seu Filho, "que sofreu tantas contrariedades dos pecadores" (Hb 12, 3).

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