Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Por sua obediência à vontade do Pai e em solidariedade com a humanidade pecadora, Jesus quis justificar-nos e salvar-nos. Expressemos nossa gratidão ao Senhor, que vem em socorro de nossas fraquezas e nos quer encontrar de portas sempre abertas à sua graça.
Leitura da carta de São Paulo aos Romanos – Irmãos, 12o pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram. 15A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos. 17Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça. 18Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida. 19Com efeito, como, pela desobediência de um só homem, a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça. 20Porém, onde se multiplicou o pecado, aí superabundou a graça. 21Enfim, como o pecado tem reinado pela morte, que a graça reine pela justiça, para a vida eterna, por Jesus Cristo, Senhor nosso. – Palavra do Senhor.
Eis que venho fazer, com prazer, / a vossa vontade, Senhor!
1. Sacrifício e oblação não quisestes, / mas abristes, Senhor, meus ouvidos; / não pedistes ofertas nem vítimas, † holocaustos por nossos pecados, / e então eu vos disse: “Eis que venho!” – R.
2. Sobre mim está escrito no livro: † “Com prazer faço a vossa vontade, / guardo em meu coração vossa lei!” – R.
3. Boas-novas de vossa justiça † anunciei numa grande assembleia; / vós sabeis: não fechei os meus lábios! – R.
4. Mas se alegre e em vós rejubile / todo ser que vos busca, Senhor! / Digam sempre: “É grande o Senhor!” / os que buscam em vós seu auxílio. – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vigiai e orai para ficardes de pé / ante o Filho do Homem! (Lc 21,36) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 35“Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. 36Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento para lhe abrirem imediatamente a porta, logo que ele chegar e bater. 37Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo, ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. 38E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão se assim os encontrar!” – Palavra da salvação.
No Evangelho desta 3.ª-feira, Jesus nos fala da virtude da vigilância, ou seja, daquela disposição constante e firme para permanecermos acordados à espera de Nosso Senhor, que há de voltar a esta terra e deseja encontrar nossos corações preparados para a sua gloriosa vinda. Como de costume, Cristo recorre a uma comparação bastante expressiva e clara, sobretudo para os judeus da época. Devemos ser, diz-nos o Senhor, como servos cujos rins estejam cingidos, isto é, temos de estar prontos para amar efetivamente a Deus; por outro lado, temos de manter acesas as lâmpadas da fé, sob cuja luz nos guiamos na escuridão de um mundo mergulhado no pecado e cego à glória de Jesus. A nossa esperança na vinda de Cristo, portanto, deve estar bem firmada em duas outras virtudes: a fé e a caridade cristãs.
Essa exortação do Senhor também nos revela a tendência de nossa alma à sonolência no amor, à preguiça na fé e, por fim, aos sonhos, às quimeras, às ilusões em que o pecado nos introduz com suas falsas promessas de felicidade e de um mundo irreal, sujeito às vaidades e caprichos humanos. Acordando-nos, assim, deste "sono" espiritual, Cristo nos chama à verdadeira vigilância: Ele quer que despertemos da modorra moral a que somos arrastados e, com um empenho amoroso e decidido, nos mantenhamos despertos e joguemos sempre mais óleo na lâmpada de nossa fé, cujo incremento devemos pedir todos os dias a Deus. Que Ele nos conceda, pois, uma fé cada vez mais resplandecente, cada dia mais luminosa. Que essa mesma fé, enfim, dê mãos à caridade e se converta num instrumento de serviço a Deus e ao próximo, iluminando os caminhos da terra e conduzindo muitas outras almas ao encontro definitivo com Cristo na glória do Céu.
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