sábado, 22 de janeiro de 2022

Liturgia Diária - Quem é Jesus?

 Julho | 2015 | Caminhos Carmelitas

Leitura (2 Samuel 1,1-4.11-12.19.23-27)

Leitura do segundo livro de Samuel.
1 Davi voltou da derrota dos amalecitas, e esteve dois dias em Siceleg. 2 Ao terceiro dia, apareceu um homem que vinha do acampamento de Saul; trazia as vestes rasgadas e a cabeça coberta de pó. Chegando perto de Davi, jogou-se por terra, prostrando-se. 3 Davi disse-lhe: “De onde vens?” “Salvei-me do acampamento de Israel”, respondeu ele. 4 “Que aconteceu?”, perguntou Davi. “Conta-mo!” Ele respondeu: “As tropas fugiram do campo de batalha, e muitos homens do exército tombaram. Saul também, e seu filho Jônatas, pereceram!”

11 Então tomou Davi as suas vestes e rasgou-as, imitando-o nesse gesto todos os que estavam com ele. 12 Estiveram em pranto, choraram e jejuaram até a tarde por causa de Saul, de seu filho Jônatas, do exército do Senhor e da casa de Israel, que haviam caído sob a espada.
19 Davi disse: “Tua flor, Israel, pereceu nas alturas! Como tombaram os heróis?
23 Saul e Jônatas, amáveis e encantadores, nunca se separaram, nem na vida nem na morte, mais velozes do que as águias, mais fortes do que os leões! 24 Filhas de Israel, chorai por Saul, que vos vestia de púrpura suntuosa, e ornava de ouro vossos vestidos. 25 Como caíram os heróis? Em pleno combate Jônatas tombou sobre as tuas colinas. 26 Jônatas, meu irmão, por tua causa meu coração me comprime! Tu me eras tão querido! Tua amizade me era mais preciosa que o amor das mulheres. 27 Como caíram os heróis? Como pereceram os artilheiros de guerra?”
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 79/80

Resplandecei a vossa face, e nós seremos salvos! 

Ó pastor de Israel, prestai ouvidos.
Vós que a José apascentais qual um rebanho!
Vós, que sobre os querubins vos assentais,
aparecei cheio de glória e esplendor
ante Efraim e Benjamim e Manasses!
Despertai vosso poder, ó nosso Deus,
e vinde logo nos trazer a salvação!

Até quando, ó Senhor, vos irritais,
apesar da oração do vosso povo?
vós nos destes a comer o pão das lágrimas,
e a beber destes um pranto copioso.
Para os vizinhos, somos causa de contenda,
de zombaria para os nossos inimigos.

Evangelho (Marcos 3,20-21)

Aleluia, aleluia, aleluia.
Abri-nos, ó Senhor, o coração, para ouvirmos a palavra de Jesus! (At 16,14).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
20 Jesus e seus discípulos dirigiram-se em seguida a uma casa. Aí afluiu de novo tanta gente, que nem podiam tomar alimento. 21 Quando os seus o souberam, saíram para o reter; pois diziam: "Ele está fora de si."
Palavra da Salvação.

Reflexão

Os dois pequenos versículos de que se compõe o Evangelho de hoje apresentam-nos três situações distintas e bem contrastantes: de um lado, Jesus agracia seus discípulos estando em casa com eles num trato pessoal e amigável; de outro, as multidões que o seguem continuam a avolumar-se tanto que não lhes sobra nem tempo de comer; por fim, os parentes de Cristo, sabendo que Ele enfim voltara para casa, decidem agarrá-lo sob o pretexto de que “estava fora de si”. O Evangelho deste sábado coloca-nos, assim, diante de um impasse a que todos nós, de um modo ou de outro, somos instados a responder. Pois bem, sabemos pelo testemunho inequívoco das Escrituras que Jesus afirmou ser verdadeiramente o Filho de Deus, que existe muito antes de que Abraão fosse; e não só isso: em várias passagens o vemos perdoar os pecados e arrogar-se o direito de julgar a vivos e mortos no Fim dos Tempos. 

Diante de tamanhas declarações, só há três opções possíveis: ou Jesus é de fato o que dizia ser, e por isso temos de crer em sua palavra; ou é um mentiroso de quem não devemos fazer o menor caso; ou não passa de um louco afetado de algum “complexo messiânico”. Ora, se Jesus não é Deus, não lhe devemos respeito algum; no entanto, é impossível que Ele seja louco ou mentiroso, já que a sua grandeza moral, o seu perfeito equilíbrio e bom senso, a lucidez e a profundidade de sua doutrina constam com não menor clareza das SS. Escrituras. De maneira que a única resposta sensata e razoável que podemos dar a Cristo é a em sua divindade. Façamos hoje a escolha correta e associemo-nos aos que, há dois mil anos, vêm-se reunindo em torno de Cristo e tendo a alegria de estar com Ele em casa, nas moradas que o Pai nos preparou.

 

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