segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Liturgia Diária - O bem se difunde por si mesmo.

  Jesus é o Senhor!: EVANGELHO SÃO MATEUS 5,1-12 -- SOLENIDADE DE TODOS OS  SANTOS -- ANO "B" -- Leituras: 1ª Ap 7,2-4.9-14; Sl 23; 2ª 1Jo 3,1-3 -- ANO  DA PAZ - LITUGIA P/ 01/11/2015
Leitura (1 João 3,22-4,6)

Leitura da primeira carta de são João.

Caríssimos, qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu. Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu. Caríssimos, não acrediteis em qualquer espírito, mas examinai os espíritos para ver se são de Deus, pois muitos falsos profetas vieram ao mundo. Este é o critério para saber se uma inspiração vem de Deus: todo espírito que leva a professar que Jesus Cristo veio na carne é de Deus; e todo espírito que não professa a fé em Jesus não é de Deus - é o espírito do anticristo. Ouvistes dizer que o anticristo virá; pois bem, ele já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e vós vencestes o anticristo. Pois convosco está quem é maior do que aquele que está no mundo. Os vossos adversários são do mundo; por isso, agem conforme o mundo, e o mundo lhes presta ouvidos. Nós somos de Deus. Quem conhece a Deus escuta-nos; quem não é de Deus não nos escuta. Nisso reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 2

Eu te darei por tua herança os povos todos.

O decreto do Senhor promulgarei,

foi assim que me falou o Senhor Deus:

“Tu és meu filho, e eu hoje te gerei!”

Podes pedir-me, e em resposta eu te darei

por tua herança os povos todos e as nações,

e há de ser a terra inteira o teu domínio.

Agora, poderosos, entendei;

soberanos, aprendei esta lição:

com temor servi a Deus, rendei-lhe glória

e prestai-lhe homenagem com respeito!


Evangelho (Mateus 4,12-17.23-25)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Jesus pregava a boa nova, o reino anunciando, e curava toda espécie de doenças entre o povo (Mt 4,23).

 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. Daí em diante, Jesus começou a pregar, dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”. Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. E sua fama espalhou-se por toda a Síria. Levavam-lhe todos os doentes, que sofriam diversas enfermidades e tormentos: endemoninhados, epiléticos e paralíticos. E Jesus os curava. Numerosas multidões o seguiam, vindas da Galileia, da Decápole, de Jerusalém, da Judeia e da região além do Jordão.

Palavra da Salvação.

 Reflexão

Neste último tempo do ciclo do Natal, em que celebramos a Epifania do Senhor aos três reis magos, festejamos o amor infinito que Deus difunde sobre a humanidade por meio do nascimento do seu Filho encarnado. A Epifania, porém, não se limita à manifestação de Cristo aos magos do Oriente, senão que abarca ainda outros dois mistérios, a saber: o Batismo do Senhor nas águas do Jordão e as bodas em Caná da Galiléia, onde Jesus realizou o seu primeiro milagre e deu início ao seu ministério público. Essas três realidades expressam de modo unitário a grande Epifania do amor redentor de Deus aos homens, tanto aos pagãos quanto aos da casa de Israel. O Evangelho de hoje, por sua vez, retoma esses temas e nos faz avançar na pregação do Senhor: uma vez apresentado aos magos, batizado por João e manifestado em seu poder taumatúrgico, Jesus vai agora residir em Cafarnaum e, a partir dali, começa a pregar a Boa-nova do Reino, convidando à penitência e curando todo tipo de doença e enfermidade. A sua fama espalha-se ao ponto de virem à sua procura homens da Síria e de outras regiões fora da Terra Santa. Essa difusão do Evangelho e do nome de Cristo por aquelas terras, antes mesmo da expansão universal da Igreja depois de Pentecostes, nos recorda que todo bem tende a comunicar-se, segundo o clássico adágio “bonum est diffusivum sui”. 

Com Jesus, luz divina que veio resplandecer em nosso meio e dissipar as nossas trevas, não podia ser diferente: tão-logo começassem a brilhar publicamente, a verdade da sua doutrina, a chama do seu amor e a doçura da sua Pessoa não poderiam ficar em segredo, mas forçosamente atrairiam os olhares e corações de todos. Por isso, também nós, que já fomos atraídos pelo amor de Cristo e nos tornamos discípulos seus, temos de fazer todo o bem que recebemos chegar a mais pessoas; não o podemos guardar só para nós, como se fora “propriedade” nossa, porque o Evangelho há de ser pregado por toda a terra, a fim de que a todos os povos que ainda jazem na escuridão da morte brilhe aquela grande Luz do oriente, que é o Cristo Senhor.

 

https://padrepauloricardo.org

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