Não
é preciso insistir – pois o sabemos bem – no fato de que todos nós
temos defeitos. O difícil é reconhecer quais são esses defeitos,
especialmente os que – por nossa culpa – aborrecem e irritam os demais.
Que devemos fazer para vencê-los?
Reconhece-los com humildade – coisa mais fácil com a ajuda de um diretor
espiritual -, e lutar, insisto, com as armas da oração e da
mortificação:
Oração. Orar mais.
Sempre,
como repetia São Josemaria Escrivá com toda a tradição da Igreja,
<>. Você já pediu a Deus mais paciência? Pediu-lhe para
compreender mais os outros, o que é um passo prévio para chegar à
paciência? Pediu a graça de vencer as suas reações de impaciência: as
palavras ásperas, os gestos de desaprovação, as recriminações, os gestos
de irritação ou de fastio?
Já escolheu alguma jaculatória que possa
repetir com fé durante o dia, como: “Jesus, manso e humilde de coração,
fazei o meu coração semelhante ao vosso”, ou “Rainha da paz, rogai por
nós”?
Mortificações habituais.
Sintetizando conselhos dados em outra publicação, vou sugerir algumas:
– Fazer o esforço de escutar pacientemente a todos, sem deixar que se apague o sorriso dos lábios;
– Não andar comentando a toda a hora as
nossas gripes, as nossas dores de cabeça ou de fígado nem, em geral,
qualquer outro tipo e mal estar pessoal, evitar também queixar-nos do
calor ou do frio, do abafamento do local, do tempo que levamos sem comer
nada…;
– Renunciar a utilizar expressões humilhantes, como “Você sempre faz
isso!”, “De novo”, “Já é a terceira vez!”, “Já estou cansado”, etc.
–
Evitar cobranças insistentes e antipáticas e prontificar-nos a ajudar
com pequenos maus hábitos ou cacoetes dos outros, mas deixa-los passar
como quem nem repara neles: mania de bater na cadeira ou de tamborilar
com os dedos na mesa, tendência para ler por cima do ombro o jornal que
nós estamos lendo, de fazer ruído com a boca, de cantarolar enquanto se
lê ou se trabalha…;
– Saber repetir calmamente as nossas
explicações a quem não as entende; ter especialmente a paciência,
partindo do bê-á-bá, para esclarecer o funcionamento de aparelhos
eletrônicos àqueles que não têm facilidade de manejá-los;
– Não buzinar irritadamente quando
alguém reduz sem avisar a marcha do veículo, nos ultrapassa quase
raspando, vira ou estaciona sem dar sinal, etc. é boa mortificação não
olhar para a cara do “agressor”, pois assim é mais difícil perder a
paciência. Melhor se, passada a primeira reação, invocamos seu Anjo da
Guarda e rezamos uma Ave-Maria por ele.
Retirado do livro: “Tornar a Vida Amável”. Francisco Faus. Ed. Cléofas e Cultor de Livros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário