Ao afirmar ser o pão da vida, Jesus estava evocando um fato importante
da história de Israel, o êxodo do Egito e a longa travessia pelo
deserto, onde o povo, faminto e sedento, foi saciado pela Providência
divina.
Aliás, jamais o povo viu-se privado de pão e água, naquela
circunstância delicada de sua história, pois Deus caminhava com ele.
Da mesma forma, a Providência divina jamais deixou de agir em favor da
humanidade. Sua bondade manifestou-se, de forma grandiosa, ao saciar,
definitivamente, a fome e a sede da humanidade, por meio de seu Filho
Jesus. Quem dele se acerca, não terá mais fome nem sede.
Antes, poderá
estar certo de ter forças para alcançar à meta da caminhada.
A evocação do êxodo oferece uma perspectiva particular para considerar
quem, na fé, adere ao Ressuscitado.
O cristão faz parte do verdadeiro
povo de Deus, a caminho para a casa do Pai.
É o êxodo definitivo,
durante o qual defronta-se com toda sorte de desafios, correndo o risco
de não perseverar até o fim.
Sabendo-se saciado pelo alimento celeste - Jesus -, o cristão recobra as
forças, e não se deixa abater pelos reveses da vida.
A Eucaristia
sacramentaliza esta experiência de fé.
Alimentando-se com o pão
eucarístico os cristãos revigoram sua fé no Senhor ressuscitado. É o
alimento verdadeiro.
Engana-se quem imagina poder enfrentar o deserto do
mundo, sem contar com ele.
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