Lucas 11, 27-28
Naquele tempo, 27Enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram! 28Mas Jesus replicou: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam! - Palavra da salvação.
Diante da enorme multidão, Jesus recebe um elogio através de uma mulher: ditoso o ventre que te carregou e os seios que te amamentaram. Por outras palavras seria: Viva a mãe que te gerou! Porque entre os antigos judeus, a melhor honra de uma mulher consistia em ter um filho famoso. Este elogio da mãe de Jesus é a segunda vez que ela o recebe de uma mulher, que a declara bem-aventurada ou ditosa. A primeira foi quando da visita a Isabel em Lc 1, 45. Que no Magnificat se traduz numa benção reconhecida em todos os tempos: Doravante as gerações todas me chamarão bem-aventurada.
Mas Ele disse: Antes bem, ditosos os ouvintes a palavra do Deus e que guardam a mesma. Ao responder assim, Jesus não nega a bem-aventurança dada a sua mãe, porém prefere a que deva ser a última e eterna de todos os que devem preferir a felicidade que provém de Deus àquela que sai da boca dos homens. Pois esta felicidade que ouvimos da boca de Jesus, sai da vontade e preferência divinas. E esta felicidade é a de escutar e guardar a palavra de Deus, o Deus Vivo e Verdadeiro.
Devemos entender esta passagem com a paralela em Lucas 8, 21, quando Jesus escolhe a sua nova família entre os ouvintes a palavra do Deus e praticantes da mesma.
O mundo espiritual está por cima do mundo material e dos laços familiares. Jesus anuncia premiar seus discípulos por abandonar sua família por causa dEle e do evangelho (Mc 10, 29), pois ele tinha abandonado também a própria família para fazer a vontade do Pai, em cuja casa devia ser procurado, com antecedência à casa de seus familiares em Nazaré. Jesus, pois, a si mesmo se justifica quando afirma em Lc 8, 21 a sua nova família e que nesta ocasião a louva em comparação com a família biológica. A fé está acima da biologia, assim como o espírito está acima da matéria.
Se vemos em Jesus o Mestre, estaremos a meio caminho da verdade. Ele pode afirmar que não é a carne nem o sangue os que devem ser intérpretes de seu evangelho mas somente os nascidos da vontade divina, como Ele próprio, os que constituem a sua verdadeira família.
O fato de seus familiares não acreditarem nEle, assim como os seus conterrâneos, é mais de agradecer do que de se surpreender. Pois nesse fato encontramos uma razão para admirar os caminhos do Senhor que não considera os laços familiares como motivo de sua Providência.
São os menos favorecidos os que, como pequeninos e ignorantes, o encontram e, com Ele, descobrem o Pai comum. Nem por isso devemos renunciar o encontro com a sua Mãe que se transforma em mãe comum por não olhar unicamente o ventre que o carregou e o leite que o amamentou , mas a fé que nos comunica ao encontrar em Jesus não só o Deus, Filho do Pai do Céu e por isso também nosso Pai por ter sido dado à luz por uma mulher eternamente bem-aventurada.
Pe Bantu
Naquele tempo, 27Enquanto ele assim falava, uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram! 28Mas Jesus replicou: Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam! - Palavra da salvação.
Diante da enorme multidão, Jesus recebe um elogio através de uma mulher: ditoso o ventre que te carregou e os seios que te amamentaram. Por outras palavras seria: Viva a mãe que te gerou! Porque entre os antigos judeus, a melhor honra de uma mulher consistia em ter um filho famoso. Este elogio da mãe de Jesus é a segunda vez que ela o recebe de uma mulher, que a declara bem-aventurada ou ditosa. A primeira foi quando da visita a Isabel em Lc 1, 45. Que no Magnificat se traduz numa benção reconhecida em todos os tempos: Doravante as gerações todas me chamarão bem-aventurada.
Mas Ele disse: Antes bem, ditosos os ouvintes a palavra do Deus e que guardam a mesma. Ao responder assim, Jesus não nega a bem-aventurança dada a sua mãe, porém prefere a que deva ser a última e eterna de todos os que devem preferir a felicidade que provém de Deus àquela que sai da boca dos homens. Pois esta felicidade que ouvimos da boca de Jesus, sai da vontade e preferência divinas. E esta felicidade é a de escutar e guardar a palavra de Deus, o Deus Vivo e Verdadeiro.
Devemos entender esta passagem com a paralela em Lucas 8, 21, quando Jesus escolhe a sua nova família entre os ouvintes a palavra do Deus e praticantes da mesma.
O mundo espiritual está por cima do mundo material e dos laços familiares. Jesus anuncia premiar seus discípulos por abandonar sua família por causa dEle e do evangelho (Mc 10, 29), pois ele tinha abandonado também a própria família para fazer a vontade do Pai, em cuja casa devia ser procurado, com antecedência à casa de seus familiares em Nazaré. Jesus, pois, a si mesmo se justifica quando afirma em Lc 8, 21 a sua nova família e que nesta ocasião a louva em comparação com a família biológica. A fé está acima da biologia, assim como o espírito está acima da matéria.
Se vemos em Jesus o Mestre, estaremos a meio caminho da verdade. Ele pode afirmar que não é a carne nem o sangue os que devem ser intérpretes de seu evangelho mas somente os nascidos da vontade divina, como Ele próprio, os que constituem a sua verdadeira família.
O fato de seus familiares não acreditarem nEle, assim como os seus conterrâneos, é mais de agradecer do que de se surpreender. Pois nesse fato encontramos uma razão para admirar os caminhos do Senhor que não considera os laços familiares como motivo de sua Providência.
São os menos favorecidos os que, como pequeninos e ignorantes, o encontram e, com Ele, descobrem o Pai comum. Nem por isso devemos renunciar o encontro com a sua Mãe que se transforma em mãe comum por não olhar unicamente o ventre que o carregou e o leite que o amamentou , mas a fé que nos comunica ao encontrar em Jesus não só o Deus, Filho do Pai do Céu e por isso também nosso Pai por ter sido dado à luz por uma mulher eternamente bem-aventurada.
Pe Bantu
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