QUE DEUS O ABENÇOE PODEROSAMENTE NESSE NOVO DESAFIO Á FRENTE DESSE NOVO APRISCO.
Abaixo numa entrevista concedida ao cancaonova.com, Dom Alberto Taveira Corrêa faz uma pequena avaliação dos quase 14 anos em que esteve à frente da Arquidiocese de Palmas (TO) e fala sobre a expectativa de assumir a Arquidiocese de Belém (PA).
cancaonova.com: O senhor poderia fazer uma pequena avaliação e citar alguns dos frutos destes quase 14 anos à frente da Arquidiocese de Palmas?
Dom Alberto: A Arquidiocese de Palmas (To) foi criada pelo saudoso Papa João Paulo II no dia 27 de março de 1996 e eu tomei posse no dia 31 de maio daquele mesmo ano. Era a experiência da fundação de uma Igreja. De começar tudo. Encontrei ali um povo muito bom, com prontidão e disposição para construir a vida da Igreja. Mas nós tivemos que construir todas as estruturas: pastorais, espirituais, materiais, e, durante estes anos nós fomos trabalhando, tínhamos até um princípio que circulava em nosso meio: “O possível nós fazemos hoje, o impossível nós deixamos pra amanhã”; é Deus quem faz o impossível, porque Ele é o Deus das coisas impossíveis e, assim, Ele foi realizando a Sua obra. Hoje, a Arquidiocese de Palmas entra num período que eu chamo de consolidação das suas estruturas. Na cidade de Palmas, que tem hoje cerca de 200 mil habitantes – talvez um pouco menos – há 26 paróquias. É a melhor relação entre número de habitantes e número de paróquias de todo o Brasil. É uma experiência muito bonita, porque nós temos a paróquia e o padre próximos do povo. Somos uma Igreja aberta a todas as manifestações da graça de Deus: os carismas, os movimentos, as novas comunidades. Terminamos o ano de 2009 com 188 missionários das novas comunidades em Palmas, 15 casas para religiosas, 14 escolas católicas – inclusive uma Universidade Católica. Graças a Deus, começamos o seminário Divino Espírito Santo. A partir deste 2010 todas as dioceses da província eclesiástica dessa cidade têm ali seus seminaristas, além de seminaristas de comunidades de vida que residem e estudam no nosso centro de estudos Mater Dei.
A avaliação que faço é muito positiva; estou redigindo um pequeno texto que se chama “Reflexão de um expectador”. Durante estes quase 14 anos eu fui um expectador e Deus foi o grande ator no teatro da vida da Igreja de Palmas. E a avaliação que eu faço é muito positiva. Devo dar graças ao Senhor por isso. Disse, principalmente aos padres, que a responsabilidade que lhes cabe agora é muito grande, trabalhamos juntos, elaboramos todos os projetos juntos, e agora cabe a eles, juntamente com o povo de Deus e os religiosos, religiosas e comunidades, levar adiante este trabalho. Agora, esta responsabilidade está nas mãos deste povo de Deus maravilhoso da Arquidiocese de Palmas.
Dom Alberto: A mudança é muito profunda. A primeira experiência que eu levo é não conhecer nada de Belém. Eu fui à capital do Pará para pregar o retiro do clero alguns anos passados; saí do aeroporto para a casa de retiros, da casa de retiros para o aeroporto. Não conheço a casa onde vou morar, não conheço a catedral, não conheço a Basílica de Nazaré, não conheço os padres, não conheço nada. Apenas sei que a graça de Deus vai me acompanhar. A mudança é profunda, porque eu saio de uma arquidiocese que foi fundada com a minha nomeação. A cidade de Belém fez, no dia 12 de janeiro, 394 anos; ela prepara o seu 4º centenário. A Arquidiocese de Belém, no ano de 2019, completará 300 anos da sua fundação.
Nós temos daqui para frente um desafio chamado “Congresso Eucarístico Nacional”, que neste ano de 2010 será em Brasília, mas o seguinte será na capital paraense. Então temos muitas atividades para enfrentar juntos. O que eu levo? Vontade de conhecer, de construir juntos o Reino de Deus e um imenso respeito pela história desta arquidiocese, que me é confiada agora. O desafio de ser fermento do Reino de Deus, de vida de Igreja neste grande mundo, que é a Amazônia e o desejo de que cada pessoa caminhe numa única direção: a da santidade. Este é o maior serviço que a Igreja pode prestar. Os detalhes, os projetos de trabalho, devemos fazer juntos, com o povo de Belém.
cancaonova.com: Dom Alberto, o senhor por muitos anos acompanhou e foi referência para muitas das novas comunidades e movimentos no Brasil e até no mundo. Estes laços de amizade e este acompanhamento continuam?
Dom Alberto: É claro! Eu sou – em nome do Conselho Pontifício dos Leigos – nomeado, pela Santa Sé, Assistente Internacional para todas as Novas Comunidades do mundo; e esta missão continua. Em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) eu sou o Assistente Nacional para a Renovação Carismática Católica e continuo nesta missão, não muda nada; ao contrário, o meu apreço pelas comunidades novas, o meu apreço pelos movimentos, o meu apreço por esta ”Primavera da Igreja”, que são as manifestações do Espírito Santo no nosso tempo. Tudo isso continua e queremos que cresça cada vez mais, porque encontrarei em Belém muitas destas realidades da vida da Igreja.
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