"Meu povo se perde por falta de conhecimento" (Os 4,6)
Ultimamente, questionamentos sobre formação de servos, não tem tido muitos espaços em pautas de núcleo de serviço dos grupos de oraçao. Parece não ter muita importância. Aliás, a realidade de muitos grupos hoje, são de ainda insistir em permanecer em babel, sem querer sair para o pentecostes. Seus coordenadores preferem falar em "linguas" que ninguém possa compreender, se tornando fontes geradoras de contendas, escândalos e desânimos no rebanho. São contra testemunhos, são pastores "Rainha da Inglaterra"(reina mas não governa), que no exercício do seu pastoreio, ainda cometem verdadeiras atrocidades com suas ovelhas, assassinando seus dons, cometendo verdadeiros crimes e impedindo o servo de exercer seu carisma. Infelizmente são realidades em muitos grupos de oração, e o grupo de oração reflete seu coordenador. Tornan-se devoradores do povo de Deus. Mas, o que poderia está errado ou em quem? Em nós, que por falta de conhecimento da verdadeira essência da espiritualidade carismática, da sua identidade, estrutura e missão dentro da igreja somos negligentes e medrosos e não tomamos as decisões corretas que deveriam ser tomadas, pelo fato de "A" saber mais do que eu sobre a RCC? De não ter atitude porque "B" é meu grande amigo e não posso discordar? Enquanto isso, vão fazendo do aprisco com o qual estão responsáveis e que um dia irão prestar contas, uma oportunidade para que lobos disfarçados de cordeiros(possíveis coordenadores no futuro) se infiltrem causando dispersões, desordens e trazendo danos irreparáveis para alguns do rebanho, como por exemplo esses atos criminosos do impedimento do exercício do dom.
Acredito que a falha está em nós mesmos, que já estamos ha 500 anos no movimento e dele nada sabemos (há irmãos que estão há dez ou mais anos dentro dos grupos de oração, e ainda não sabem definir Batismo no Espírito Santo). E, muitos de nós, assumimos coordenações sem esse preparo, toda autoridade atrai responsabilidade, isso não quer dizer que sou obrigado a ter uma formação acadêmica, que necessite ser diplomado em qualquer que seja o curso para que Deus possa me usar. Não. Mas, o profeta Oséias muito alertou ao povo do seu tempo (Os 4,6), sobre a imperiosa necessidade de se buscar o conhecimento para, que aquela geração tivessem sua natureza alimentada permitindo que o poder de Deus fosse manifestdo de forma profunda e esplendorosa. Uma natureza alimentada, conhecedora, com certeza estará dando condições para que a força do Espírito tenha uma ação ilimitada em nós. Por que essa doação da natureza humana ( e ela se dar em plenitude quando se tem consciência e conhecimento de causa, não se pode haver total doação se tenho dúvidas sobre a ação do Espírito ou até mesmo sobre o que e quando ele pode fazer em mim e através de mim), permite que tenhamos a graça de uma profunda e intensa manifestação desse mesmo espírito. O grito do profeta ressoa ainda nos tempos de hoje, mas, como no seu tempo, permanece sem escuta.
A importância de se ter o conhecimento, é imprescindível para a sustenção e permanência do cristão em sua fé. Sua importância está fundamentada por ser o único capaz de formar "sábios e santos". Aliás, o único diploma que deveriamos estar preocupados em possuir. Se dizemos ter fé, acreditamos em alguém ou alguma coisa. Saber o que realmente é aquilo em que acredito, se tem procedência, fundamento, requer conhecimento de causa. É um desejo natural na busca pela verdade e conhecer a verdade, é conhecer a libertação. (Jo 8,32). Quando conheço, tenho autoridade,pois, a partir do conhecimento saberei como proceder, o que fazer, como e quando fazer. Tenho opiniões próprias, atitudes para com humildade concordar e descordar, pois saberei exatamente sobre aquilo em que acredito.
Todos os anos existem as formações para coordenadores, mas quantos estão preocupados em participar. Talvez esteja na hora de uma cobrança diocesana mais efetiva, de uma exigência maior para com aqueles que lideram os pequenos rebanhos espalhados pelos prados da nossa região. Que passe a fazer parte da pauta de compromissos desse líderes, como uma imperiosa obrigação sua presença nessas formações. Assim, amenizaria o número de contravenções cometidas no exercício do pastoreio.
"Meus guardas estão todos cegos e não vêem nada; são cães mudos incapazes de latir, sonham estirados, gostam de cochilar; são cães vorazes e insaciáveis (são pastores que nada observam), cada qual segue seu caminho em busca de seu interesse". (Is 56,11)
O Profeta Isaias faz uma referência aos pastores do seu tempo sobre aqueles que deveriam vigiar e guardar o seu rebanho e no entanto permanecem inertes, estão adormecidos e nada veêm, pois estão entregues a indolência, preguiça, omissão. Já não se preocupa se a ovelha está ferida e precisa ser recuperada ,se com sede, com fome ou necessitando de segurança. Por isso tantas dispersões, por não haver por parte dos pastores,ocupação para com seu rebanho, mas, que com certeza, colherão as consequências do seus procedimentos.
"Não cessam de proclamar aos que me desprezam: Oráculo do Senhor: tudo irá bem para vós! e aos que seguem, obstinadamente, as tendências do coração dizem ainda: Nada de mal vos acontecerá". (Jr 23,17).
Pastores do nosso tempo não estão longe daqueles do tempo do profeta Jeremias. A história é a mesma, só trocaram os personagens, pois são aqueles mesmo que não ensinam o caminho do Senhor, não guardam seus apriscos, já não conduzem seu rebanho pelo caminho justo e seguro, pelo contrário, compactuam com erros absurdos e ainda dizem que fazem o que é certo e que tudo acabará bem. São uns vendedores de ilusões, enganam o rebanho, traem e ofendem ao Senhor.
Entretanto, ninguém poderá acusar (o povo), nem o repreender, mas eu censuro a ti, ó sacerdote.(Os 4,4).
O povo não terá culpabilidade por não conhecer, pois "Deus não leva em consideração o tempo de sua ignorância" (At 17,30), mas quanto aos pastores sim, pois estes são diretamente responsáveis por aqueles que lhe foram confiados, mas ainda insistem em permanecer inúteis, negligentes porque não ensinaram ao povo o conhecimento sobre Deus e sua Lei.
Sou bom pastor ovelhas guardarei Não tenho outro oficio nem terei Quantas vidas eu tiver eu lhes darei.
Maus pastores, num dia de sombra não cuidaram e o rebanho se perdeu Vou sair pelo campo reunir o que é meu conduzir e salvar.
Que essa letra possa vir a tornar-se um hino, uma bandeira para aqueles que tem a missão de guiar o povo de Deus pelo deserto.
Wellington Dantas - Ministério de Formação, GO Semeando a Paz.
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