Nesta hora tremenda não se mente. A desilusão das coisas terrenas e a eternidade que se aproxima obrigam o homem a ser sincero.
A hora da verdade, sabes qual é? A hora da morte. Nesta hora tremenda não se mente. A desilusão das coisas terrenas, a eternidade que se aproxima obrigam o homem a ser sincero. Nesta hora muito ímpio chamou por Deus. A morte ensina muita coisa que não se quis aprender na vida. E é triste ir aprender só na hora extrema o que se devia ter já aprendido em vida, para evitar tanto pecado, tanta vaidade e orgulho, tanta maldade!
Enquanto
a vida corre bem na fartura, na prosperidade, muitos vivem longe de
Deus e até se esquecem que têm alma. E como desejam pecar, negam a
existência do próprio Deus. Assim dizia Joseph de Maistre: Ninguém deixou de crer em Deus se não teve primeiro necessidade de desejar que Deus não existisse.
A hora da morte, porém, diz a verdade. Nos Estados Unidos, caiu
enferma a filha de um general conhecido pela sua impiedade e ódio à
Religião.
— Meu pai, diz a moça, estou para morrer! Diga-me, por favor, devo crer no que me ensinou o senhor, isto é, que Deus não existe e não há céu nem inferno, ou no que me ensinou minha saudosa mãe que fora tão piedosa e santa?
O general ficou silencioso e triste. Refletiu uns instantes e disse à filha entre soluços: — Minha filha! não creias no que te ensinei, mas no que te ensinou tua mãe. Nesta hora não se pode mentir!
Sim, realmente, a hora da morte é a hora da verdade.
Quanta coisa que nossa vaidade, nosso orgulho e o demônio nos punham
diante dos olhos, numa sedução louca, não se desvanece na hora extrema!
Hora da verdade, hora das realidades!
A vela que se coloca na mão do agonizante, ilumina muitas almas e
lhes diz muitas verdades que durante toda a vida não quiseram ver, nem
delas ouvir falar. Mas que adianta compreender estas verdades quando já
não há mais tempo e é preciso partir? Não nos iludamos com a mentira do pecado, e pensemos na hora da verdade!
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