Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria, aleluia! (Sl 46,2)
Em seu discurso de despedida, Paulo previne a comunidade contra os adversários – “aparecerão entre vós lobos ferozes que não pouparão o rebanho” – e convida todos a estar sempre atentos, com a preocupação de que ninguém se perca. A tarefa de cuidar do povo de Deus é de todo batizado.
Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, Paulo disse aos anciãos da Igreja de Éfeso: 28“Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o sangue do seu próprio Filho. 29Eu sei, depois que eu for embora, aparecerão entre vós lobos ferozes, que não pouparão o rebanho. 30Além disso, do vosso próprio meio aparecerão homens com doutrinas perversas que arrastarão discípulos atrás de si. 31Por isso, estai sempre atentos: lembrai-vos que durante três anos, dia e noite, com lágrimas, não parei de exortar a cada um em particular. 32Agora, entrego-vos a Deus e à mensagem de sua graça, que tem poder para edificar e dar a herança a todos os que foram santificados. 33Não cobicei prata, ouro ou vestes de ninguém. 34Vós bem sabeis que estas minhas mãos providenciaram o que era necessário para mim e para os que estavam comigo. 35Em tudo vos mostrei que, trabalhando desse modo, se deve ajudar os fracos, recordando as palavras do Senhor Jesus, que disse: ‘Há mais alegria em dar do que em receber'”. 36Tendo dito isso, Paulo ajoelhou-se e rezou com todos eles. 37Todos, depois, prorromperam em grande pranto e, lançando-se ao pescoço de Paulo, o beijavam 38aflitos, sobretudo por lhes haver ele dito que não tornariam a ver-lhe o rosto. E o acompanharam até o navio. – Palavra do Senhor.
Reinos da terra, cantai ao Senhor.
1. Suscitai, ó Senhor Deus, suscitai vosso poder, / confirmai esse poder que por nós manifestastes / a partir de vosso templo, que está em Jerusalém. / Para vós venham os reis e vos ofertem seus presentes! – R.
2. Reinos da terra, celebrai o nosso Deus, cantai-lhe salmos! † Ele viaja no seu carro sobre os céus dos céus eternos. / Eis que eleva e faz ouvir a sua voz, voz poderosa. – R.
3. Dai glória a Deus e exaltai o seu poder por sobre as nuvens. / Sobre Israel, eis sua glória e sua grande majestade! / Em seu templo ele é admirável e a seu povo dá poder. / Bendito seja o Senhor Deus, agora e sempre. Amém, amém! – R.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Vossa Palavra é a verdade; / santificai-nos na verdade! (Jo 17,17) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”. – Palavra da salvação.
A Igreja nos vem propondo nestes últimos dias a leitura da oração sacerdotal de Nosso Senhor. Por isso, temos aproveitado para meditar um pouco mais a respeito da nossa vida de oração sob a perspectiva das três virtudes teologais — fé, esperança e caridade —, mencionadas de um modo ou de outro nessa belíssima prece que Jesus dirige ao seu Pai do céu. Animados, assim, a meter-nos com os Apóstolos e a Virgem SS. no Cenáculo a fim de suplicarmos com eles o dom do Espírito Santo, vejamos hoje em que consiste a virtude da esperança cristã, essa confiança tão preciosa no auxílio do Paráclito prometido. Antes de tudo, é preciso ter em mente que a esperança não é uma certeza quanto à nossa salvação pessoal. Tal certeza é impossível nesta vida, já que, apesar de todos os socorros divinos, podemos a qualquer instante usar da nossa liberdade para pecar e afastar-nos de Deus. Esperar, com efeito, não é presumir.
A verdadeira esperança, ao contrário, é uma virtude pela qual confiamos firmemente que podemos, sim, alcançar a vida eterna e todos os meios necessários para isso, apoiados no auxílio onipotente de Deus. É, portanto, o auxílio certo de Deus o objeto da nossa certeza, da nossa alegre esperança na salvação que Ele nos oferece. Podemos sempre estar seguros de que nós, que permanecemos no mundo e por ele somos odiados, receberemos do Senhor toda a ajuda que nos for necessária na nossa luta espiritual; na batalha contra o Maligno, a carne e o pecado; nos momentos de provação, angústia e tentação. Não há motivo para desânimo nem desesperança, pois Aquele que nunca falha nem falta com as suas promessas nos garantiu o seu auxílio poderosíssimo, por meio tanto das contrariedades, que nos provam no amor, como na pregação da palavra, que nos ilumina com as verdades eternas.
Que o Espírito Consolador, cuja vinda suplicamos ardentemente, desça logo às nossas almas e fortaleça nelas a virtude da esperança, a fim de nos podermos abandonar como filhos confiantes aos socorros do nosso Pai que está nos céus.
https://padrepauloricardo.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário